quarta-feira, 24 de julho de 2013

4 milhões a mais de empregos. É o fim do mundo...

Ministro Manoel Dias:
 grandes obras vão manter ritmo de criação de vagas

(Foto: José Cruz/ABr)
Os jornalões fizeram de tudo para dizer que o Brasil também tem fracassado na criação de empregos formais. Ontem (23), foi divulgado que no primeiro semestre deste ano foram gerados 826,1 mil empregos com carteira assinada, resultado de 11,439 milhões de admissões e 10,613 milhões de desligamentos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado foi o menor desde o primeiro semestre de 2009, quando foram registrados 397,9 mil empregos formais. No mesmo período de 2010, 1,634 milhão de postos foram criados; no primeiro semestre de 2011, 1,414 milhão; e nos primeiros seis meses de 2012, 1,047 milhão. 
Ora, quem faz esse tipo de análise, de que a criação de empregos no Brasil está se enfraquecendo, se esquece de um detalhezinho: o país já vive, praticamente, o pleno emprego.
Dessa forma, fica mesmo difícil manter o ritmo observado nos últimos anos.
Além disso, há de se destacar que a crise econômica ainda não terminou no mundo e é óbvio que ela tem reflexos, ainda que pequenos até agora, na economia brasileira.
Os setores com os melhores desempenhos nos primeiros seis meses do ano foram os de serviços (361,1 mil postos), da indústria (186,8 mil) e da construção civil (133,4 mil). Os com os piores desempenhos foram administração pública, com saldo negativo de 30,8 mil vagas; comércio, com saldo negativo de 13,6 mil; e extração mineral, com saldo negativo de 3,1 mil.
Para o ministro Manoel Dias, o bom desempenho do setor de serviços é um indicativo de expansão no mercado de trabalho. "O aumento de serviços significa que há um aumento real dos salários, do poder de compra da população e do atendimento de demanda. O salário da população aumentou. As pessoas estão consumindo mais e exigindo mais qualidade", explicou. 
No primeiro semestre, o salário médio de admissão dos trabalhadores com carteira assinada chegou a R$ 1.090,52, o equivalente a 1,70% a mais do que o rendimento no mesmo período de 2012 (R$ 1.072,33). Em relação a junho, o saldo de empregos gerados foi ligeiramente superior ao do mesmo mês no ano passado, 123,8 mil ante os 120,4 mil em 2012. 
O ministro reduziu a meta para a criação de empregos formais neste ano. A previsão anterior era de que o saldo chegaria a 1,7 milhão. No último mês, Dias voltou atrás na previsão e, na terça-feira, confirmou a redução para 1,4 milhão. Ele explicou que a conjuntura do mercado de trabalho e da economia não permitem que se façam as mesmas previsões anteriores. "As causas que vão determinar a criação de empregos eu não posso prever. O Brasil ainda na entrou na crise de emprego que atinge outros países. Mas quem disse que vamos ficar permanentemente nesta situação? Apesar disso, acho que vamos nos manter devido às políticas públicas", disse.
Dias aposta em investimentos, especialmente em grandes obras, como portos, aeroportos e de mobilidade urbana, para manter a criação de postos de trabalho até o fim do ano.
"De janeiro de 2011 a junho de 2014 [período do governo Dilma Rousseff], foram criados 4 milhões de empregos. O resultado é espetacular, considerando a conjuntura mundial, em que há desemprego em todos os países", disse Dias, que voltou recentemente de Moscou, na Rússia, onde os ministros do Trabalho do G20 se reuniram para discutir o tema e adotar medidas em âmbito mundial. (Com informações da Agência Brasil).

Um comentário:

  1. É compreensível que o ramo de serviços seja recordista em contratações. Lógico. Com tantas empresas terceirizadas pelo governo para realização de gigantescas obras, para a copa, é natural a contratação de muita mão de obra. Em compensação, quando tudo acabar, haverá demissões em massa...

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