quarta-feira, 12 de junho de 2013

Má notícia para a turma do contra: Brasil reduz o trabalho infantil


Um dia depois de a Confederação Nacional da Indústria ter informado que a atividade industrial registrou, em abril, a maior expansão em três anos, outra notícia que contraria os interesses da turma do contra foi divulgada, hoje, pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti), no estudo "O Trabalho Doméstico no Brasil": o trabalho doméstico de crianças de 5 e 9 anos foi erradicado no Brasil de 2009 a 2011. Segundo o estudo, que tem como base a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, no período, o número de casos caiu de 1.412 para zero. Em 2008, também haviam sido registrados pouco mais de mil casos.
A turma do contra é aquela que torce contra o Brasil; que quer extinguir todas as políticas sociais que, nos últimos anos, tiraram mais de 30 milhões de pessoas da miséria; que faz lobby para o aumento dos juros; que sobe os preços das mercadorias e serviços; que quer, enfim, que o país retroceda aos tempos em que ele era uma imensa senzala dominada por meia dúzia de casas-grande.

Hoje é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Tanto a Organização Internacional do trabalho (OIT) quanto a FNPeti divulgaram, para marcar a data, estudos com ênfase no trabalho infantil doméstico no mundo e no Brasil, respectivamente.
Os dados do estudo mostram que há, aproximadamente, 258 mil casos de trabalho infantil no país. Entre 2009 e 2011, houve 30% de redução no número de casos - em 2009, foram 362,8 mil. Em relação às crianças e aos adolescentes das faixas etárias seguintes, dos 10 aos 13 anos, foram mais de 30,1 mil em 2011, envolvidas em atividades domésticas. Entre jovens de 14 aos 15 anos, 92,4 mil e dos 16 aos 17 anos, pouco mais de 135 mil.
Desse total, mais de 102,6 mil estão no Nordeste, região que mais concentrou crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando em casa de terceiros. A Bahia foi o Estado da região com o maior número de casos verificados, 26,5 mil. No país, Minas Gerais foi o que mais registrou esse tipo de atividade – 31,3 mil. Proporcionalmente, o aumento de casos foi mais expressivo no Rio Grande do Norte - de 6% da população infanto-juvenil para 15,1%.
A região em que houve a redução mais significativa do número de casos foi a Sudeste. Entre 2009 e 2011, a quantidade de crianças e adolescentes nessa situação caiu de 105,7 mil para 66,6 mil – ainda que, com essa diminuição, tenha mantido o segundo lugar entre as regiões com mais casos. O Distrito Federal teve a maior redução percentual - 73% -, seguido por Roraima (68,6%), Santa Catarina (62,2%) e Pernambuco (55,9%).
Em relação a gênero, a maioria das crianças e jovens envolvidos em trabalhos domésticos é do sexo feminino, seguindo a mesma dinâmica verificada mundialmente - em que mais de 73% são meninas. De acordo com o estudo do FNPeti, das quase 260 mil crianças que trabalham em casa de terceiros, 93,7% são meninas (241,1 mil), mais do que a média mundial. Essa proporção foi praticamente a mesma nos últimos levantamentos da Pnad, em 2008 e em 2009.
Quanto à cor, o trabalho infantil doméstico é majoritariamente negro - 67% (172,6 mil). Atualmente, estima-se que haja cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos trabalhando no Brasil, segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o tema, divulgado no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, no ano passado, e confirmado pelo balanço feito neste ano. Os dados consolidados são referentes a 2011. Desse total, 7% executam tarefas domésticas, representando 3,9% do contingente total de empregados domésticos no país (de cerca de 7 milhões de pessoas).

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