Dilma: movimentos organizados apostam contra o Brasil

Dilma volta a usar vermelho: inflação aqui, não!
(Foto: Antonio Cruz/ABr)

De vez em quando, a presidenta Dilma Rousseff sai em defesa do seu governo, atacado diariamente, pelos motivos mais variados - juros baixos, inflação alta, muita chuva, pouca chuva, ajuda à indústria, desoneração fiscal, impostos elevados, pibinho, pibão etc etc - pela oposição, a parlamentar e a midiática. Hoje (12), no lançamento do programa de crédito Minha Casa Melhor, para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida adquirirem móveis e eletrodomésticos, ela disse que o combate à inflação é uma prioridade e que o governo tem mecanismos para impedir que a taxa fuja do controle.

Dilma afirmou que o país tem uma relação saudável com vários componentes que caracterizam os indicadores macroeconômicos e chamou de "leviandade política" as especulações sobre um descontrole inflacionário. “A situação real em que o Brasil vive é a de inflação sob controle e contas públicas sob controle”, ressaltou. “Eu gostaria de dizer a todos os brasileiros: não há a menor hipótese de que meu governo não tenha uma política de controle e combate à inflação.”
Dilma criticou quem aposta em um descontrole inflacionário no país e disse que eles são os mesmos que, no início do ano, diziam que o país passaria por um racionamento de energia por causa dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. “São movimentos organizados e especulativos que duram um tempo, mas que fazem mal ao Brasil, porque um país que não tem segurança energética é um país que está comprometido.”
O o programa de crédito Minha Casa Melhor vai permitir que cada família beneficiária do Minha casa, Minha Vida financie até R$ 5 mil, com taxas de juros de 5% ao ano e prazo de 48 meses para pagar móveis e eletrodomésticos.
Segundo a presidenta, a linha de financiamento Minha Casa Melhor associa fatores econômicos, sociais e éticos, na medida em que assegura a compra de bens modernos e com eficiência energética à população que não tem acesso ao crédito. "Muitos vão dizer que é desperdício fazer o Minha Casa Melhor, mas ele é preciso naquilo que se dispõe a fazer: garantir acesso aos bens modernos, que não gastam tanta energia”, disse. “É fundamental que essa parcela da população tenha acesso ao crédito."
Dilma enfatizou que a nova linha especial de crédito, de R$ 18,7 bilhões, aperfeiçoa o Minha Casa, Minha Vida, que, segundo ela, é um dos instrumentos mais eficazes para o crescimento com inclusão social. Ao discursar, a presidenta disse que, além de mudar a vida das pessoas, a linha de crédito contribui para a criação de empregos e a construção civil, que é um setor estratégico em todos os países do mundo, quando se trata de crescimento sustentável.
Ela lembrou que desde o início do governo, dos cerca de 4 milhões de empregos criados com carteira assinada, 500 mil foram no setor de construção civil.
Entre os itens que poderão ser adquiridos pelo programa estão geladeira, fogão, lavadora de roupas automática, computador, TV digital, guarda-roupa, camas de casal e de solteiro, mesa com cadeiras e sofá. Na solenidade, a empresária Luiza Helena Trajano, presidenta do grupo varejista Magazine Luiza, enfatizou o impacto do programa sobre as classes C e D. Ela citou que 50% da população pertencente a essas classes não têm máquina de lavar automática e 70% das mulheres nessa condição têm o salário como principal fonte de sustento da casa. "Além disso, 50% dessas classes não têm acesso a crédito e isso vai facilitar o primeiro crédito a quem não tem acesso a ele. Acreditamos que a medida, acima de tudo, desenvolve a indústria, melhora o emprego e a economia."