A diretoria do São Paulo é uma coisa. Nunca se viu tanta competência reunida. Talvez cansados de ver o futebol sempre igual, seus integrantes resolveram inovar. Ou melhor, mudar o próprio futebol. Reunidos, viram as cenas do último São Paulo x Palmeiras e concluíram: esse Edmundo foi muito ríspido com nossos atletas. Como o árbitro do jogo discordou dos cavalheiros do Morumbi (ou Jardim Leonor?) e sequer tomou conhecimento dos rugidos do Animal, eles resolveram apelar para instâncias superiores: ora, se o árbitro nada fez contra Edmundo, vamos invocar a sacrossanta Justiça - Esportiva, é claro - que tem o dever de punir sua violência. E lá foram eles ao STJD, aquele simulacro de tribunal que distribui sentenças de acordo com a cor da camisa.
O caso é inédito. Nunca antes um clube havia tido a pretensão de mudar as regras do jogo. Coube ao São Paulo essa gloriosa missão. A depender do que dirão os doutos juízes esportivos, no futuro, quem não concordar com a marcação de um pênalti, ou de um impedimento, ou talvez não gostar do uniforme do adversário, pode clamar aos céus por Justiça. Se o resultado do jogo não pode ser alterado, pelo menos fica o gostinho da vingança.
E depois eles ficam chateados quando são chamados de bambis.
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