Raul Drewnick é um escritor completo. Sabe manejar as letras para o público infanto-juvenil, do qual é mais conhecido, e para o adulto, que certamente lembra de suas crônicas no Estadão e na Vejinha, anos atrás. Raul deixou de ser jornalista para se jogar inteiro na literatura. Deu certo. Já publicou mais de uma dezena de livros - novelas, contos, crônicas. Seu primeiro livro infanto-juvenil vendeu mais de 150 mil exemplares. Talvez vendesse mais se abordasse temas da moda, como esses mundos fantásticos povoados por seres que tudo resolvem com seus passes de mágica. Ele prefere passar seu olhar pela realidade, um olhar poético, é verdade.
Mesmo sabendo do valor de sua escrita, Raul é cético quando o assunto é o mercado editorial brasileiro. "Está difícil falar dos meus projetos para o pessoal da editora. Parece que eles não entendem muito da função", diz, com um tom de desalento na voz. Revela que tem vários livros prontos para edição. Aposta que os infanto-juvenis seriam bem recebidos pelo público. Não tem a mesma expectativa para os de temática adulta. "Vendem pouco mesmo", informa, com o mesmo conformismo utilizado para expressar o momento de sua outra paixão, o Coríntians: "Pelo menos não estamos sozinhos. O Palmeiras é nosso consolo."
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