quinta-feira, 17 de março de 2016

Sem a política, não passamos de bestas-feras

Só a política é capaz de salvar a jovem e imatura democracia brasileira.

Justamente ela, que é tão atacada neste momento.

Exatamente ela, que, vítima de um processo de lavagem cerebral em massa, se transformou numa supervilã, fonte de todos os males.

Pois foi isso o que ocorreu no Brasil: o plano da plutocracia de dizimar as esquerdas - o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças são apenas o alvo principal -, para impor a volta do regime da Casa Grande e Senzala, acabou prejudicando todos os outros partidos políticos.

Hoje nenhum deles escapa da pecha de corrupto. 

Políticos são todos ladrões, é o que se ouve em qualquer lugar.

Mas o que será da sociedade brasileira sem a política?


Haverá alguém com dois neurônios disposto a trocar a nossa democracia representativa, ainda imperfeita, ainda com muitos problemas, é claro, por um reinado absolutista, por uma ditadura total, uma tirania sem freios?

Acredito que não.

Acho que nem os mais incendiários próceres tucanos têm esse desejo.

Voltar à Idade das Trevas, ao tempo do "prendo e arrebento" vai beneficiar quem?

O povão, esse que mais sofre as consequências da recessão?

O micro, o pequeno, o médio e até o grande empresário, que verão o mercado consumidor encolher à miséria dos tempos pré-Lula?

A classe média, que verá os seus direitos, as suas garantias constitucionais, serem jogadas no lixo?

Os únicos que se beneficiarão dessa catástrofe serão, novamente, aqueles que estão no topo da pirâmide social, o 1% que controla 90% do capital nacional, e os imensos interesses externos, corporações multinacionais, governos imperiais, megaespeculadores globais.

A solução da crise política e econômica brasileira não se dará somente com a ida de Lula ao governo, embora ela represente um passo para isso, exatamente porque o ex-presidente é um adepto radical da arte de fazer política.

Lula pode ajudar a construir as pontes necessárias para acabar com essa epidemia de insanidade que tomou conta do país.

É preciso, porém, que do outro lado encontre pessoas dispostas ao diálogo, à negociação.

É necessário que do outro lado exista quem entenda que o fim da política representa o fim da civilização.

Sem ela, sem o seu exercício cotidiano, exaustivo, incansável, seremos reduzidos a feras enlouquecidas com o cheiro do sangue.

Um comentário:

  1. MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!

    Golpes palacianos, dinheiro dos contribuintes usado para tapar 'buracos' na banca, etc, etc, etc... ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS, há que reinvidicar:
    - mais capacidade negocial para os contribuintes/consumidores!
    .
    O contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia (etc), por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
    Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
    Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
    .
    .
    Caso 1:
    O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
    -» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
    ---»»» Democracia Semi-Directa «««---
    -» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
    -» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
    [ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
    .
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    Caso 2:
    CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
    Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
    [ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]
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    P.S.
    Outros Direitos que já há alguns anos (comecei nos fóruns clix e sapo) aqui o je vem divulgando:
    ---1--- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones:
    -» Os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins... que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
    -» Pelo Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones, ver blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.
    ---2--- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas:
    -» Promover a Monoparentalidade (sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional, e vice-versa) é evolução natural das sociedades tradicionalmente monogâmicas - ver blogs http://tabusexo.blogspot.com/ e http://existeestedireito.blogspot.pt/.


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