segunda-feira, 14 de março de 2016

Os melhores piores momentos do depoimento de Lula

Em alguns momentos, o interrogatório a que foi submetido o ex-presidente Lula no dia 4 de março de 2016 pela Polícia Federal se assemelha a uma conversa de botequim. 

Se é esse o nível dos investigadores da PF, os criminosos do Brasil podem dormir tranquilos.

É rir para não chorar.

Vão abaixo alguns trechos, selecionados, desse incrível interrogatório, expressão do nível dos nossos "doutores":


Delegado:- Qual a atividade exercida pelo Instituto Luiz Inácio Lula da Silva?
...

Delegado:- Quando o senhor tirou 36 milhões de pessoas da pobreza absoluta, qual era a população do Brasil?
...

Delegado:- Então o senhor afirma que mais de 15% vivia na pobreza absoluta?
...

Delegado:- Quantas sedes têm o instituto, quantas sedes, ele existe em quantos lugares?
...

Delegado:- O senhor recebe uma remuneração pelo instituto?

Declarante:- Não.
...

Delegado:- Existe algum museu sendo construído, reformado?

Declarante:- Teria se o Ministério Público tivesse deixado, porque nós entramos com o pedido, o Kassab nos deu um terreno ali próximo à região da Estação da Luz, onde está fazendo… Aquela região do crack lá, a cracolândia, o Kassab nos deu o terreno que a gente queria fazer o Memorial da Democracia, o Ministério Público de São Paulo entrou com um processo e está suspenso até agora, então não tem; eu pensei em levar para a universidade, mas aí resolvi deixar lá.

Delegado:- E foi enviado algum recurso para a África para eventualmente ajudar na miséria ou fome, alguma coisa assim?

Declarante:- Não, não.

Delegado:- Aqui no Brasil foi…

Declarante:- Que eu saiba não.

Delegado:- E aqui no Brasil?

Declarante:- Deixa eu lhe falar, o instituto não é uma ONG, o instituto não é, eu tomei uma decisão que o instituto não seria uma ONG, nós não vamos fazer um instituto que “Ah, mandar 10 milhões para cuidar não sei do que, não sei aonde”, não, não é esse o papel do instituto, o papel do instituto é tentar mostrar para as pessoas que é possível pescar, o papel do instituto é ensinar as pessoas a pescar os mesmos peixes que nós pegamos no Brasil, mostrar que é possível um país se desenvolver, evoluir, gerar emprego, gerar renda, melhorar a vida de todo mundo, melhorou a vida da Polícia Federal pra cacete no meu governo, melhorou a vida dos catadores de papel pra cacete, melhorou a vida do pequeno produtor rural como nunca melhorou nesse país, então o que nós fazemos é mostrar o que acontece, o que é possível fazer num país, esse é o papel do instituto.

Delegado:- Certo.
...

Delegado:- Em relação a Camargo Correa, Construtora Camargo Correa, que relação ela pode ter com o Instituto Lula?

Declarante:- Nenhuma.

Delegado:- O senhor tem conhecimento se ela fez doações ao Instituto Lula?

Declarante:- Até saiu na imprensa que ela fez.
...
Declarante:- Deixa eu lhe falar uma coisa, um Presidente da República que se preze não discute dinheiro de campanha, se ele quiser ser presidente de fato e de direito ele não discute dinheiro de campanha.
...

Delegado:- O senhor sabe se o José Fillipi costuma usar um serviço de táxi com o mesmo taxista?

Declarante:- Serviço de quê?

Delegado:- Táxi, táxi…

Declarante:- Eu não sei, querido.

Delegado:- Não sabe se ele anda de táxi?

Declarante:- Não sei.

Delegado:- Sabe se tem algum taxista que é amigo dele?

Declarante:- Não sei, não sei.

Delegado da Polícia Federal:- Não?

Declarante:- A nossa amizade não chega a tanto.
...

Delegado:- Vamos mais para trás um pouquinho, há 3 anos atrás, quase 4 anos, em 2012, Vanucci & Vanucci Ltda. mais 89 mil, Brasil Arquitetura 100
mil, Rima de novo, dessa vez só 12 mil, G4 Entretenimento de novo em 2012, 18 mil, LFS Contabilidade 15 mil, Multi Interpretação 50 mil.

Declarante:- Primeiro, entenda, primeiro eu fico até constrangido de você está
me fazendo essas perguntas, porque que interesse alguém tem em saber se uma empresa recebeu 18 mil reais, 17 mil reais? Se recebeu dinheiro do instituto prestou serviço, se prestou serviço tem nota, se tem nota já foi pago os impostos direitinho.

Delegado:- Essa é uma oportunidade de o senhor poder esclarecer isso tudo sobre...

Declarante:- Não, essa oportunidade...

Delegado:- Agora se o senhor não tem conhecimento...

Declarante:- Na verdade é a oportunidade de ficar constrangido aqui,
respondendo perguntas que, e eu sei que não é você que inventa pergunta, eu sei o critério, mas sinceramente, sinceramente tem coisa muito mais séria para me perguntar.
...

Defesa:- Doutor, o objeto da investigação o senhor pode esclarecer qual é?

Delegado:- Sim. Como eu já adiantei para o ex-presidente, ele envolve reformas e aquisição e registro da propriedade do sítio em Atibaia, eventuais reformas e registro de propriedade do flat...

Declarante:- O senhor deveria estar entrevistando o Ministério Público, trazer
o Conserino aqui e fazer pergunta para ele, para ele dizer que é meu, para ele dizer que o apartamento é meu, para ele dizer que eu paguei o apartamento, ele que tem que dizer, não eu.

Delegado:- O que interessa para nós...

Declarante:- Que o cidadão conta uma mentira e eu sou obrigado a ficar
respondendo a mentira dele.

Delegado:- Mas se o senhor não responder quem vai
responder?

Declarante:- Um cidadão que é membro do Ministério Público, que fica a
serviço da Globo, do Jornal Globo, da Revista Veja, fazendo insinuações e eu tenho que responder? Ele que diga, ele que prove, no dia que ele provar que o apartamento é meu alguém vai me dar o apartamento, ou o Ministério Público vai me comprar o apartamento ou a Globo me compra o apartamento, ou a Veja me compra o apartamento, ou sei lá quem vai me comprar o apartamento, o que não é possível é que a gente trabalhe tanto para criar uma instituição forte nesse país e dentro dessas instituições pessoas que não merecem estar nessa instituição estejam a serviço de degradar a imagem de pessoas, não sou eu que tenho que provar que o apartamento é meu, ele é que vai ter que provar que é meu, ele vai ter, eu espero que ele tenha dinheiro para depois pagar e me dar o apartamento, eu já estou de saco
cheio disso, essa é a verdade, estão gravando aqui para ficar registrado. Eu estou de saco cheio de ficar respondendo bobagens.
...

Delegado:- Qual a quantidade média de palestras proferidas pelo senhor por mês? 
...

Declarante:- Eu tenho que falar uma coisa, eu preciso explicar uma coisa
porque se não explicar é difícil vocês entenderem, quando eu deixei a presidência da república no dia 31 de janeiro, no dia 1º de janeiro de 2002, eu era o Presidente da República considerado o melhor Presidente da República do início do século XXI, pois bem, quando eu deixei a presidência todas as empresas de palestras, que organizam palestras de Bill Clinton, Bill Gates, Kofi Annan, Felipe Gonzales, Gordon Brown, todas as empresas mandaram e-mail, mandaram telegrama, mandaram convite, telefonaram, que queriam me
agenciar para fazer palestra, nós então fizemos um critério de não aceitar nenhuma empresa para me agenciar, primeiro por cuidado político, que a gente não sabia quem eram, e segundo porque a gente queria fazer palestras selecionadas, ou seja, que a gente pudesse falar do Brasil, eu posso até mandar para vocês alguns discursos que eu faço, ou seja, a gente fazia discurso primeiro mostrando o que aconteceu no Brasil em 8 anos, que era o que todo mundo queria, e depois a gente dizia qual era o futuro do Brasil, o que o Brasil tinha de perspectiva para a frente, e decidimos, decidimos cobrar um valor, todas as minhas palestras custam exatamente 200 mil dólares, nem mais e nem menos.

Delegado:- Quem “decidimos”?

Declarante:- Hein?

Delegado:- Quem “decidimos”?

Declarante:- Nós decidimos, nós...

Delegado:- “Nós”?

Declarante:- Eu, eu decidi, eu decidi. Nós pegamos um valor do Bill Clinton e
falamos o seguinte “nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual”, e aí passamos a viajar, eu viajei muito em 2011, até porque eu queria sair do Brasil para não ficar atrapalhando a presidente que tinha tomado posse, não sei se você sabem que um ex-presidente deixa o cargo ficando no mesmo espaço, depois de 2011, em outubro eu peguei um câncer, aí fiquei paralisado quase em 2012, em 2013 fiz palestras, em 2014 eu parei em março de fazer palestras por causa das eleições, em 2015 eu quase não fiz palestras porque eu queria que primeiro a presidenta apresentasse os grandes programas de futuro para o Brasil, porque quando você vai fazer palestras você tem que vender o teu país, você tem que mostrar o que vai acontecer nesse país, você tem que atrair investidores, você tem que mostrar que você é melhor do que o México, você tem que mostrar que você é melhor
do que o Canadá, você tem que mostrar que você é melhor que a China, então quando eu viajava, até 2013, o Brasil estava construindo as três maiores hidrelétricas do mundo, o Brasil estava construindo 6 mil quilômetros de ferrovia, 10 mil quilômetros de rodovia, 20 mil quilômetros de linha de transmissão, tinha os estádios todos da copa do mundo, tinha as olimpíadas, então o Brasil tinha um portfólio de coisas que eu, se fosse a Dilma, eu viajava todo mês para fora para vender as coisas do Brasil, porque ela não viaja? O Peru viaja, a China viaja, a Rússia viaja, o México viaja, a Nova Zelândia, todo mundo viaja vendendo o seu país, mostrando o que é, e eu fazia isso com muito orgulho, fazia com muito orgulho; eu, se tivesse disposição, em 2011 eu teria feito acho que uma palestra por dia, ou até duas
por dia se eu quisesse, eu tive proposta de fazer palestra de 500 mil dólares na Coreia e eu não fui.

Delegado:- Do norte ou do sul?

Declarante:- Não fui. Então, querido, é por isso que eu fui fazer palestras,
porque foi a forma mais decente e a mais digna, recebi proposta para ser conselheiro do Banco de Desenvolvimento da China não aceitei, recebi convite para ser conselheiro de empresas multinacionais que trabalham no Brasil não aceitei, porque eu não quero ser consultor e não sou conferencista, eu sou um contador de caso, de uma história de governança bem resolvida.

Delegado:- Quanto tempo o senhor leva para contar essa história?

Declarante:- Ah, depende, depende, quando eu estou, como diria, tem hora
que me baixa o espírito do Chaves e do Fidel eu falo uma hora e meia, às vezes eu falo uma hora, falo uma hora e quarenta, uma hora e cinquenta.
...

Declarante:- É porque, sabe o que acontece, tem muita coisa para contar, se a
gente não explicar, se a gente não explicar para as pessoas o que aconteceu nesse país, se a gente não explicar o que aconteceu com o sistema financeiro, o que aconteceu com as empreiteiras, o que aconteceu com a indústria automobilística, o que aconteceu com o pequeno agricultor, no teu estado você conhece muito e sabe o que aconteceu, se a gente não contar para as pessoas o que aconteceu nesse país as pessoas não sabem, se as pessoas
ficarem vendo a Globo, lendo a Veja, as pessoas só vão ver merda nesse país, então eu tenho orgulho de poder viajar o mundo mostrando o que é esse país, tenho orgulho, orgulho, orgulho! Por isso que em todas as minhas viagens como Presidente da República eu fazia questão de fazer debates de empresários brasileiros com empresários de outros países que eu visitava, Índia, China, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Angola, Argentina, Peru, Equador, aonde eu fosse eu fazia questão de levar empresário, por quê? Porque nós, presidentes, assinamos protocolos de intenções, depois da burocracia vai trabalhar, um acordo que eu fizer com a CIA Americana para trabalhar em convênio com a Polícia Federal brasileira eu assino um protocolo, mas se a Polícia Federal não estiver envolvida participando daquele protocolo vai ficar 8 anos lá, que aquilo vai de gaveta em gaveta; com empresário a mesma coisa, por que eu levava empresário? Porque eu assino protocolo, quem tem interesse de ganhar, comprar e vender são os empresários, então eu fazia questão de colocá-los à mesa, terminou a assinatura de protocolo, terminou então, você tem um grande empresário do Rio Grande do Sul, que era o Tigre, que era presidente da Federação da Indústria Metalúrgica,
que viajava muito comigo, e viajava pra vender máquinas agrícolas gaúchas para o mundo saber que no estado do Rio Grande do Sul a gente produzia máquinas agrícolas da mais alta modernidade, então...

Delegado:- Ex-presidente, desculpe interrompê-lo, mas esse é o papel do senhor e eu acredito, de verdade, que o senhor fazia esse papel muito bem
feito.

Declarante:- Por isso é que eu não deveria estar sendo perguntado disso.

Delegado:- O problema não é esse...

Declarante:- É exatamente esse.

Delegado:- O problema é o depois.

Declarante:- Não, o depois é mais fácil ainda.

Delegado:- O depois, a suspeita é que alguém batia na porta desses mesmos empresários, eu estou explicando para o senhor porque a gente está
aqui...

Declarante:- Eu conheço o assunto.

Delegado:- A suspeita é que então...

Declarante:- Eu conheço o assunto.

Delegado:- A suspeita é que depois...

Declarante:- Um desavisado que não tinha o que fazer, atendendo uma
mentira da revista Época, atendendo uma mentira da revista Época que nós desmentimos, e nós fizemos uma representação contra o cidadão do Ministério Público no Conselho Nacional do Ministério Público, acho que uma ou duas nós fizemos, porque ele mentiu, eu quero aqui dizer que ele mentiu, não agiu com a decência da corporação, não agiu com a decência da corporação, porque se tem um cidadão que trabalhou nesse país para que as
corporações fossem fortes, para que o Ministério Público fosse cada vez mais independente e mais forte, por isso eu tomei a atitude de indicar o primeiro da lista, eu fui o primeiro presidente a tomar atitude e indicar o primeiro da lista, todos eles que eu indiquei, todos, desde o Cláudio Fonteles ao Antônio Fernandes, ao Gurgel foi o primeiro da lista, e a Dilma seguiu, a lei pode mandar escolher qualquer um e eu escolhi o primeiro da lista por respeito
à categoria. A mesma coisa é na Polícia Federal, e porque eu faço isso, porque eu acho que esse estado só será democrático quando tiver instituições fortes, e instituições fortes pressupõem pessoas sérias, não pode ter moleque, não pode ter moleque, tem que ter gente séria. Antes de eu levar o nome de alguém à dúvida, eu tenho que ter prova, uma instituição séria não pode estar a serviço do, como é que eu vejo hoje, como é que eu vejo hoje, qualquer coisinha vaza, qualquer coisinha, faz 7 anos que esse Brasil vive assim, na
quinta-feira alguém da operação Lava Jato vaza uma matéria para a Folha de São Paulo, vaza uma matéria para O Estadão, vaza uma matéria para a Veja, vaza para a Época, aí trabalhar sábado e domingo, eu estou de saco cheio disso.
...

Delegado:- Mas o que cansa mais, estar fora do país ou viajar para aquele país?
...

Delegado:- A quem pertence esse sítio tratado na nota do Instituto Lula?

Declarante:- Pertence a Fernando Bittar e pertence a Jonas Suassuna, com
registro em cartório em Atibaia, comprado com cheque administrativo, isso já foi publicizado, já foi provado. Eu, na verdade, quero falar pouco do sítio, porque eu não vou falar do que não é meu. Quando vocês entrevistarem os donos do sítio eles falarão pelo sítio.
...

Defesa:- Qual seria o crime que o senhor estaria investigando por ter um barco e um pedalinho?
...

Declarante:- Você sabe que uma vez eu fui nas Olimpíadas de 2008, na
China, o governador, o cara de Macau, ele tem um hotel que é a réplica do Hotel Copacabana. Então antes da abertura da, da... ele deu a mim, deu a outros presidentes, uma garrafa de vinho chamado Petrus.

Delegado:- Era bom o vinho?
...
Delegado:- Você sabe se o doutor Roberto tem alguma relação de amizade ou comercial com os sócios do...

Defesa:- O senhor está investigando o advogado?
...
Declarante:- Eu acho que eu estou participando do caso mais complicado da
história jurídica do Brasil, porque tenho um apartamento que não é meu, eu não paguei, estou querendo receber o dinheiro que eu paguei, um procurador disse que é meu, a revista Veja diz que é meu, a Folha diz que é meu, a Polícia Federal inventa a história do triplex que foi uma sacanagem homérica, inventa história de triplex, inventa a história de uma off-shore do Panamá que veio pra cá, que tinha vendido o prédio, toda uma história pra tentar me ligar
à Lava Jato, toda uma história pra me ligar à Lava Jato, porque foi essa a história do triplex. Ou seja, aí passado alguns dias descobrem que a empresa off-shore, não era dona do triplex, que dizem que é meu, mas era dono do triplex da Globo, era dono do helicóptero da Globo. Aí desaparece o noticiário da empresa de off-shore. A empresária panamenha é solta rapidamente, nem chegou a esquentar o banco da cadeia já foi solta porque não era dona do
Solaris que dizem que é do Lula, ela é dona do Solaris que dizem que é do Roberto Marinho, lá em Parati. E desapareceu do noticiário. E eu fico aqui que nem um babaca respondendo coisas de um procurador, sabe, que não deve estar de boa fé, quando pega a revista Veja a pedido de um Deputado do PSDB do Acre e faz uma denúncia. Então eu não posso me conformar. Como cidadão brasileiro, eu não posso me conformar com esse gesto de leviandade.
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Delegado:- Última pergunta sobre esse tema, José Dirceu tinha alguma interlocução com o senhor na indicação e nomeação de diretores da Petrobras?

Declarante:- Ele era o chefe da Casa Civil, ele cumpria com o papel reservado
a ele. As discussões com as lideranças aconteciam, com os ministros, e chegava pra Casa Civil, mandava para o GSI pra trazer pra mim.

Delegado:- O senhor tomou algum conhecimento, que não
seja pela imprensa, de que o senhor José Dirceu recebia vantagens indevidas relacionadas à Petrobras?

Declarante:- Pela imprensa.

Delegado:- Só pela imprensa?

Declarante:- E sinceramente não acredito.

Delegado:- Certo. E o senhor sabe me dizer qual o papel dele no Partido dos Trabalhadores após a prisão dele no processo do Mensalão?

Declarante:- Acho que nenhum, querido. Nenhum, nenhum, é uma pena, que
o José Dirceu era um grande dirigente político. Acho que poucas pessoas têm a cabeça privilegiada do ponto de vista político que tem o José Dirceu.
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Delegado:- Eu, pessoalmente, presidente, eu estou atrás da
verdade pessoalmente. Ouvi todos os colaboradores...

Declarante:- Se você está atrás da verdade, você mande prender um cidadão
do Ministério Público, que diz que o apartamento é meu, mande prendê-lo.
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Declarante:- Eu espero que quando terminar isso aqui alguém peça desculpas. Alguém fale: “Desculpa, pelo amor de Deus, foi um engano”.

Delegado:- O que estiver errado dos meus atos...

Declarante:- Porque, veja, um picareta de um deputado do PSDB, vai ao Janot
e faz uma entrega com denúncias e, ao invés de você ter alguma conversa, a primeira coisa que você faz é aceitar? 

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