quinta-feira, 31 de março de 2016

E os amigos da democracia surgiram, aos milhões

Nas crises é que se revela a personalidade das pessoas.

Pegue o exemplo de uma tragédia que possa ocorrer com um amigo ou um familiar.

Ele perdeu o emprego e a mulher está grávida, tem mais dois filhos em escolas particulares, mora em casa alugada.

Todos os amigos ou parentes lamentam o ocorrido, se mostram tristes, oferecem solidariedade, tudo conforme o figurino e as as regras de convivência social.

Mas na hora do vamos ver, todo mundo some.

Ou quase todos.


Num belo dia o nosso amigo/parente recebe um telefonema de um ex-colega de trabalho de quem nem era muito próximo.

E o cara diz que quer ajudar, se coloca à disposição para qualquer emergência, deixa claro que, se for preciso, pode até emprestar uma grana sem juros ou prazo para devolução.

A vida é assim como aquele chavão do futebol, uma caixinha de surpresas.

A dimensão da crise que assola o Brasil é enorme.

A sua frágil democracia vem sofrendo ataques incessantes pela plutocracia já há alguns anos.

E, de ataque em ataque, chegou-se a um ponto em que tudo parecia perdido, tudo indicava que o Brasil retrocederia meio século, ao tempo das trevas.

Até que o inimaginável, ou o improvável, aconteceu.

De todos os cantos começaram a surgir jovens, velhos, homens, mulheres, pobres ou não, das mais variadas ocupações, que se condoeram da triste situação do país ou que se indignaram com a vil ofensiva das forças reacionárias, fascistas em sua essência, contra os mais elementares princípios do Estado de Direito.

A onda democrática foi crescendo, aumentando de tal forma que o embate hoje se encontra ao menos empatado.

É praticamente impossível definir a essência do ser humano.

Ele é violento ou pacífico por natureza?

Bom ou mau?

Essas são perguntas que provavelmente nunca serão respondidas de maneira definitiva.

Isso, porém, pouco importa.

O que vale mesmo é que ainda há no mundo muitas pessoas que acreditam em valores que elevam e não degradam a condição humana e o caminho civilizatório.

No Brasil, a gente descobre, há milhões assim. 

Milhões que podem permitir um futuro melhor para as gerações futuras, vivendo numa sociedade mais justa e mais igualitária. (Carlos Motta)



2 comentários:

  1. "Milhões que podem permitir um futuro melhor para as gerações futuras, vivendo numa sociedade mais justa e mais igualitária."

    Mas primeiro, temos que jogar o Temer dentro do laguinho do Planalto, junto com os patinhos da Fiesp.

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  2. Olá! Boa tarde a todos os leitores/seguidores...
    Que maravilha de ¨post¨... Absolutamente Primoroso e Pertinente Analogia, a ¨comparação¨ da situação momentânea/pontual que atravessa nosso País, com uma situação de ¨tragédia pessoal¨ que possa atravessar/atravessa, Um Brasileiro... De fato,parentes, amigos próximos, lamentam, se condoem pelo ¨infeliz¨ desempregado... mas, ¨na hora do vamos ver, todo mundo some¨, mas, sempre surge uma Mão Abençoada Estendida...
    Hoje, o Nosso Brasil precisa que Estendamos nossas mãos... Não vamos desampara-Lo, decepciona-Lo, abandona-Lo ás garras ¨dos abutres, das hienas e dos vermes plutocratas...
    Nas ruas, pela Democracia, pelo justo e CORRETO direito, pelo Respeito as regras pré estabelecidas, pelo livre desejo manifesto da maioria de nossa população, nas eleições presidenciais de 2014, enfim...
    "NÃO VAI TER GOLPE", "NÃO VAI TER GOLPE", "NÃO VAI TER GOLPE"...

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