Polícia do governador paulista, Geraldo Alckmin, dá aulas para os estudantes secundaristas sobre como funciona um Estado fascista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil) |
O país, se ainda tem alguns traços civilizatórios, deve isso à luta de anos da esquerda, que abraçou, destemidamente, causas progressistas, e, mais recentemente ao Partido dos Trabalhadores, o maior partido da esquerda, por meio de suas administrações municipais, estaduais e federal, e de seus parlamentares.
Não fosse isso, essas cenas de barbárie, que chocam as pessoas normais, seriam tão corriqueiras que nem mais constariam de qualquer meio de comunicação.
O gesto de desespero do achacador Eduardo Cunha, de abrir o processo de impeachment da presidenta, como já acentuaram vários jornalistas e analistas da cena política nacional, representou, de certa forma, e paradoxalmente, um alívio para o governo federal, que já não precisa mais fazer qualquer tentativa de acomodação com o "capo" da Câmara dos Deputados, um bandido da pior espécie.
Agora é guerra.
E agora fica claro quem está a favor de um país civilizado e quem deseja que o Brasil volte a ser o campeão mundial da desigualdade, um reles apêndice dos interesses americanos e do grande capital internacional.
Agora não há mais meios tons.
É luz ou trevas.
Porque não se trata, a esta altura, de defender o PT ou suas lideranças ou mesmo a presidenta Dilma.
Trata-se de defender a democracia.
Trata-se de defender o futuro do Brasil.
É a luta do bem contra o mal.
É o confronto de uma porção da sociedade que rejeita a corrupção, a pistolagem, a violência, a intolerância, o ódio irracional contra minorias e desfavorecidos, contra outra que despreza os valores fundamentais que construíram a civilização humana.
Vai ser uma guerra sangrenta, muito mais do que esta que assola o país desde quando os trabalhistas venceram as eleições presidenciais.
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