Como dizia Millôr Fernandes, livre pensar é só pensar...
Pois é, fico pensando em que um governo Aécio Neves, se ele tivesse vencido a eleição, seria melhor que este segundo governo Dilma.
A atividade econômica está claudicante, segundo empresários (100% apoiadores do senador tucano), especialistas (100% fãs do ex-governador mineiro) e toda a imprensa (100% a favor do grande líder neoliberal brasileiro).
E o quê, exatamente, poderia o nosso Aécio fazer para, como gosta de afirmar, resgatar a confiança dos investidores e fazer a economia decolar, em mais um ano de estagnação global?
Chamaria a Força Nacional de Segurança para prender a inflação?
Decretaria o fim do salário mínimo e a extinção da Previdência Social?
Venderia o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal?
Extinguiria o BNDES?
Tornaria o Banco Central uma repartição do Itaú?
Daria a Petrobras de presente à Exxon?
São tantas perguntas...
E nenhuma resposta.
Paneleiros à parte, fascistas de lado, picaretas e assemelhados a distância, um governo Aécio, a esta altura do campeonato, seria um desastre para 99,9% dos brasileiros.
Meses depois de sua derrota, ele e sua turma ainda não elaboraram uma proposta sequer como alternativa ao governo que tanto detestam e tanto criticam.
Uma sequer!
Se o Brasil vai mal, se está a um passo do precipício, como dizem, a culpa também é dessa oposição destrutiva, sem ideias, burra, analfabeta, tosca, fanfarrona e preguiçosa, que sobrevive apenas porque conta com a ajuda de uma imprensa totalmente partidarizada.
Livre pensar é só pensar, dizia Millôr.
Diógenes de Sinope passou à história por, reza a lenda, andar pelas ruas de Atenas carregando uma lamparina sob a alegação de estar à procura de um homem honesto.
Neste Brasil de hoje, os homens honestos continuam tão raros quanto na Grécia de Diógenes.
E se eles estão em falta, o que dizer então daqueles que têm a capacidade de pensar?
Desculpe o desabafo prezado Motta. Amaldiçoados sejam os que não alimentam, não cuidam, e nem ao menos pensam nas crianças. Que pode haver de mais importante no mundo que os pequeninos. O Porche do Eike? Ora vão pro inferno!
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