Duas coisas:
a presidenta Dilma precisa parar de confundir republicanismo com ingenuidade;
a democracia não pode aceitar que grupos ajam livremente para acabar com ela.
Dessa forma, tudo fica mais claro.
A chefe do Executivo, como se vê diariamente, tem uma extraordinária vocação republicana, talvez amadurecida pela sua própria experiência pessoal de vítima do arbítrio.
E isso é ótimo para o país.
Ruim, todavia, é quando a presidenta, em nome desse republicanismo, adota posições absolutamente ingênuas, como essa de achar que a imprensa tem o direito de falar o que quiser, ou de que as pessoas também podem gritar à vontade nas ruas, nas redes sociais ou mesmo em seu local de trabalho, slogans antidemocráticos - para dizer o mínimo.
Dilma talvez explicite tais pontos de vista por causa da sua delicada situação política, aconselhada por assessores bem-intencionados.
Essa pode, porém, não ser a melhor tática para sair das cordas.
Afinal, ela é a presidenta da República e suas ações devem servir de exemplo para a sociedade.
Obrigar o cumprimento da lei é uma dessas ações didáticas que poderia tomar.
Não permitir que provocadores, quinta-colunas, sociopatas - seja lá quem for - ocupem as ruas para pedir "intervenção militar" e barbaridades do gênero seria uma medida extremamente ilustrativa de como funciona uma democracia.
Processar órgãos de imprensa e qualquer pessoa que difame, calunie ou injurie a presidenta é outra medida corretiva que poderia contribuir para solidificar a República.
Creditar essas manifestações criminosas à pujança de nossa jovem democracia é um fingimento deletério - ou sinal de uma patologia alarmante.
Esse republicanismo é que levou o Governo e o PT a essa situação de rejeição e inércia. A covardia do partido e do governo, para os enfrentamentos que se faziam necessários, não ocorreram; e o que vemos hoje, é uma minoria dominando o campo político e social do país.
ResponderExcluirEu duvido; que em um eventual Governo de tucanos e assemelhados; suas principais lideranças fossem para a papuda e um Juiz de primeira instância paralisaria o País...apenas para ficar nesses dois exemplos.
Mas tem petista que odeia que se fale isso...enfim