A jogada do petróleo feita por americanos e sauditas foi certeira.
De imediato, golpeia fortemente os inimigos Rússia, Irã e Venezuela.
E, junto com o ataque intestino que sofre a Petrobras, lança uma série de dúvidas sobre o futuro do pré-sal brasileiro.
Os EUA não brincam em serviço.
A superpotência, pressionada pelo avanço econômico da China, pelo poderio militar russo, pelos governos de esquerda da América do Sul, pela teimosia de Assad em se manter no poder na Síria, pela resistência iraniana - pelo fato de que muitos países ainda não se curvaram às ordens imperiais -, faz um lance de alto risco, na tentativa de dar um golpe mortal no czar Putin, estrangulando a economia da Rússia.
A Otan se expande cada vez mais para o leste.
O governo central da Ucrânia se transformou num escritória da CIA.
Em meio a isso tudo, Obama e Raul Castro dizem ao mundo que estão dispostos a enterrar 50 anos de desentendimento.
Dá para acreditar nas boas intenções americanas?
O governo cubano não teria sido ingênuo demais ao se acertar com os americanos?
Ao fundo dessas questões tão sérias, persiste a mais grave crise econômica já vivida no mundo desde o crash de 29.
A distensão EUA-Cuba lança um pouco de oxigênio na atmosfera quase irrespirável que toma conta do planeta.
Mas não é suficiente para derrubar o muro quer vai se erguendo entre os EUA e seus satélites e seus "inimigos".
No governo americano há quem advogue a tese de que os russos têm de ser combatidos - literalmente.
Como há muitos precedentes sobre o belicismo dos EUA, essa ideia não é uma simples teoria da conspiração.
O fato é que o planeta nunca esteve tão perto, nos últimos anos, de uma grande conflagração como agora.
Isso porque construção de um mundo multipolar é algo inconcebível para os americanos.
É caro Motta. Ou o proprio povo americano dá um chega pra lá nessas doideiras bélicas, ou vamos todos pra cucuia. Abraços.
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