A Copa do Mundo é passado.
O Brasil caiu nas quartas de final.
Aécio Neves ganhou a eleição presidencial no 2º Turno com grande diferença da opositora, Dilma Rousseff.
Os jornalões festejam a vitória, a Globo faz a primeira entrevista com o novo presidente, todo sorrisos, a Veja dedica uma edição inteira a ele.
Aécio promete reduzir a inflação a 4,5% nos próximos dois anos.
Para tanto, diz que tomará as necessárias medidas "duras", que serão devidamente informadas à população em breve.
Na sua primeira coletiva, um jornalista lhe pergunta se o Brasil, e mais especificamente, o Rio de Janeiro, está preparado para receber a Olimpíada em 2016.
Aécio gagueja, olha para o lado, e finalmente responde:
- Claro que sim, há alguns problemas, algumas obras atrasadas, mas estamos certos que vamos organizar os maiores e melhores jogos olímpicos de todos os tempos.
No dia seguinte, toda a imprensa dá manchetes da entrevista.
Os títulos não variam muito:
"Brasil começa uma nova fase, diz Aécio"
"Aécio diz que vai trabalhar para 'limpar' o Brasil"
"Vamos superar 'herança maldita do PT', diz Aécio"
Até jornais esportivos dão destaque ao que falou o novo presidente.
Um deles força um pouco a barra e mancheteia:
"Faremos a Olimpíada das Olimpíadas, promete Aécio"
Programas de esporte no rádio e televisão repercutem o que ele falou.
Num deles, os jornalistas participantes são praticamente unânimes: a Olimpíada é uma excelente oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo que já é um país desenvolvido, que sabe organizar grandes eventos, que não se deve falar em gasto público, mas em investimento, que depois dos jogos as receitas do turismo no Brasil vão triplicar, que os visitantes deixarão muito dinheiro no país, que haverá um formidável impacto na economia e que o legado da Olimpíada será enorme e vai beneficiar milhões de pessoas.
Só uma entre tantas vozes ousa discordar desse cenário tão otimista.
Mas é imediatamente calado pelo apresentador:
- Ora, fulano, deixe de ser pessimista. Você não vê que agora o Brasil mudou?
Qual e Motta? Bebeu o que no jogo do Brasil? Ta querendo assustar as criancas? Vira essa boca pra la! Cruz credo!
ResponderExcluirAinda bem que foi um pesadelo!!!!!
ResponderExcluiré muito mais fáciol a Dilma ser reeleita do que o Brasil ser campeão dessa copa!
ResponderExcluirValeu pela mensagem, mas a Dilma vai ganhar esta porque fez tudo acontecer brilhantemente, apesar de tanta amolação.
ResponderExcluirO problema é que tem muita gente sem noção de democracia.
Aliás, sem noção e ponto.
Tem tanto Argentino no Brasil, que a Copa aconteceria mesmo que fosse cancelada pela Fifa. Maradona garante! Cacilda!
ResponderExcluirMatéria a ser publicada em algum dia de dezembro de 2014:
ResponderExcluir“O presidente eleito, Aécio Neves, tem demonstrado muita habilidade política. Passado pouco mais de um mês da consagradora vitória no segundo turno, já conseguiu a garantia de apoio da maioria dos partidos da coligação da derrotada Dilma Rousseff. Os únicos que ficaram de fora foram PT e PC do B.
Em visita ao Instituto Lula, saiu do encontro com o ex-presidente petista com a garantia de uma oposição construtiva e civilizada. Aécio minimizou as queixas de Fernando Henrique Cardoso por não ter visitado o instituto que recebe o seu nome: ‘o presidente Fernando Henrique sabe que não preciso visitar o instituto dele, pois estive ou falei diretamente com ele praticamente todos os dias desde o início da campanha’, lembrou.
Fernando Henrique Cardoso não tem escondido a decepção com Aécio, após ter vazado um dos “sonhos secretos” do mineiro. Mantido oculto pelo presidente eleito durante muito tempo, seu maior desejo é atrair algum petista histórico para o seu governo. Emissários tucanos foram instruídos a procurar os ex-ministros Paulo Bernardo e Aloizio Mercadante.
Após encontros, Bernardo foi descartado. Liderança tucana que pediu para não ser identificada chegou a afirmar: ‘Bernardo é uma ótima pessoa, muito amigo nosso, temos muitíssimas coisas em comum, mas é, com todo respeito, incompetente demais – até mesmo para um governo tucano’, disse, levando os interlocutores à gargalhada, inclusive os repórteres a quem se dirigia.
Nada foi falado em relação a Aloizio Mercadante. Mas todos se lembram que, já na noite da vitória de Aécio, por iniciativa própria o ministro procurou jornalistas para congratular-se com o presidente eleito e colocar o governo à disposição para fazer uma transição tranquila. Interpretada como uma medida do governo Dilma, somente uma semana depois ficou-se sabendo que Mercadante o fizera sem o aval da presidente.
Embora mantenha firme o compromisso de diminuir pela metade os ministérios até o final de seu mandato, Aécio Neves não descarta, num primeiro momento, criar uma nova pasta para acomodar o “petista histórico” que pretende atrair para seu governo. A medida se faz necessária porque, além de ter de acomodar aliados de primeira hora, para garantir a governabilidade o presidente eleito fechou acordos com os partidos que conseguiu atrair no pós-eleição, incluindo nas negociações a oferta de ministérios.”
Esta é uma obra de ficção. E desejamos, sinceramente, que continue sendo, apesar dos “mercadores” e “mercadantes” da vida.
Nao e possivel. Tem gente bebendo querosene com vodka. Sai azar. Arreda maus pensamentos.
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