Os acontecimentos na Ucrânia demonstram que, neste planeta, ainda prevalece a força.
Não fosse assim, o império americano e seus súditos europeus não estariam agora deflagrando somente uma guerra de palavras contra a Rússia.
Se os russos não tivessem a "bomba", ou seja um arsenal nuclear capaz de destruir, como o dos Estados Unidos, o mundo todo, é quase certo que essa batalha retórica não existiria - seria substituída por uma de verdade.
A Rússia nem chega a ser uma potência econômica de primeira linha.
Exporta basicamente produtos primários, como o Brasil.
Tem imensas reservas de petróleo e gás.
Mas possui uma sofisticada indústria bélica, aeronáutica e espacial.
E milhares de ogivas nucleares, que compensam, com sobra, a inferioridade de suas Forças Armadas em relação às americanas.
Se forem levados a uma situação limite, os russos podem destruir, em questão de minutos, as principais cidades europeias e americanas.
Por isso eles são tão temidos pelos ocidentais.
A China, por outro lado, é uma potência econômica.
Mas é fraca militarmente, se comparada com os Estados Unidos.
Apenas nos últimos anos tem destinado uma parte mais substancial de seu orçamento para reequipar e modernizar suas Forças Armadas.
Como a Rússia, também tem a bomba.
A diferença é que seu número de ogivas é muito menor, assim como a sua capacidade de levar os artefatos ao campo inimigo.
Outra potência regional, a Índia, por causa de suas disputas históricas com o Paquistão, também tem procurado reforçar os músculos de suas Forças Armadas.
Já o Brasil...
O poderio bélico daquela que já é uma potência regional é insuficiente até mesmo para garantir a segurança de suas fronteiras - imagine a sua fragilidade para assegurar a integridade de seu enorme espaço aéreo e de sua faixa oceânica.
Falta quase tudo nas Forças Armadas do Brasil.
Mas falta, principalmente, conscientizar os governantes da importância, para a supremacia geopolítica, de um setor militar moderno e robusto.
E, ao mesmo tempo, mudar o enfoque ideológico da caserna, que vive ainda mergulhada nos dogmas dos anos 50, quando a Guerra Fria estava no auge.
Os nossos militares, infelizmente para o Brasil, ainda não perceberam que o mundo mudou, que os inimigos da pátria não são mais os "comunistas" e sim os capitalistas que, sob os mais variados disfarces, se aproveitam da ingenuidade do nosso oficialato, da nossa tropa, para rapinar, com extrema volúpia e ferocidade, todas as riquezas da nação - inclusive a própria história e cultura das Forças Armadas brasileiras.
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