Soninha, a serelepe sempre candidata a qualquer cargo público, tuitou tempos atrás, que uma blusa vermelha havia sido a causa de gravíssimos incidentes numa linha do metrô paulistano.
Como todos sabem, vermelho é a cor tradicional dos partidos de esquerda e do PT brasileiro, agremiação à qual a serelepe Soninha um dia pertenceu e a qual abandonou para fazer parte do projeto neoliberal do combativo Bob Freire, que, por sua vez, atua como linha auxiliar do projeto neoliberal tucano.
Parece difícil de entender, mas é tudo muito simples: Soninha, seu novo partido e os tucanos são inimigos figadais do PT e de tudo que lembre a esquerda - incluindo a cor vermelha.
Como se viu depois, a blusa sabotadora e terrorista nunca existiu.
A serelepe Soninha simplesmente viu no episódio uma boa oportunidade para incriminar seus inimigos.
O chato da história é que, com a acusação leviana, fez pouco caso do sofrimento da população e procurou esconder os reais problemas do metrô paulistano.
O governador Geraldo Alckmin nunca se destacou por ações de marketing como as da serelepe Soninha.
Ao contrário, fez sua carreira política sempre procurando ficar de fora de manchetes, evitando ser destaque em qualquer meio de comunicação - carisma não é o seu forte.
De vez em quando, porém, ele, como a serelepe Soninha, solta pérolas naquele seu peculiar estilo de oratória de frases sem verbo.
Na quarta-feira, abusou.
O tema ainda é o velho metrô, que novamente entrou em colapso.
"Vândalos" e "sabotadores", acusou, foram os responsáveis pelo caos na Linha Vermelha, na noite de terça-feira.
Dezenas de imagens na internet, porém, o contradizem.
Os "vândalos" e "sabotadores" pareciam mais com os sofridos habitantes de São Paulo, muitos deles certamente eleitores fiéis do nosso governador.
Os tucanos, que administram o Estado há duas décadas, já faturaram muito em cima do metrô.
Infelizmente para a população, ele é hoje uma sombra do que foi no passado.
Está sucateado, suas linhas são insuficientes para atender a demanda de passageiros, as estações ficaram pequenas demais, as obras das novas linhas seguem em passo de tartaruga.
Tentar transformar a incompetência administrativa num caso de polícia é a pior solução para o problema.
Blusas vermelhas, vândalos e sabotadores são bodes expiatórios pouco adequados para a situação.
Contar a verdade seria bem melhor.
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