sábado, 7 de setembro de 2013

Obama despreza a ONU e o mundo todo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez hoje (6) uma afirmação que mostra o total desprezo do país com o restante das nações e a segurança do planeta. Segundo ele, os Estados Unidos não dependem da autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) para atacar a Síria. 
A lógica do Prêmio Nobel da Paz é um primor de canalhice: segundo Obama, os Estados Unidos têm provas de que o governo do presidente Bashar Al Assad usou armas químicas em ataques na Síria.
A desfaçatez de Obama é tanta que ele ainda acusa a ONU de omissão: “Diante da paralisia do conselho das Nações Unidas na questão, uma resposta internacional é demandada, e não deve vir de decisão do Conselho de Segurança. Preferiria trabalhar por meio de canais multilaterais e da ONU, mas acredito que a segurança mundial e dos EUA demandam decisões por outros meios”, disse Obama na coletiva de imprensa em São Petersburgo, na Rússia, onde se realiza a cúpula do G-20, grupo que reúne as economias mais desenvolvidas do planeta.

Obama informou que fará na terça-feira (10) um pronunciamento aos cidadãos norte-americanos, a fim de buscar respaldo do Congresso a um ataque à Síria. Perguntado sobre se o ataque pode ser feito sem a autorização do Congresso, ele disse que, entre os motivos da consulta, está o de fazer com que o Legislativo explique ao povo americano “que esta é a coisa certa” a fazer.
“Há várias decisões que tomo que são impopulares, mas é o que se há para fazer”, disse, ao reconhecer que ações desse tipo, envolvendo operações militares, são sempre impopulares. 
Numa outra resposta, mostrou toda a sua incoerência: “Fui eleito para acabar com uma guerra, e não para começar outras. Mas tenho o dever da proteção (sic), e há tempos difíceis se quisermos defender aquilo que acreditamos.”
Segundo ele, o uso de armas químicas é uma ameaça à segurança global, principalmente para países vizinhos como Turquia e Israel - algo do qual nenhum país discorda. "Há riscos de essas armas caírem nas mãos de terroristas", alertou - outra afirmação perfeitamente lógica. 
O problema é que nenhuma fonte imparcial, nem a própria comissão da ONU que foi à Síria investigar o ataque, confirmou que as armas químicas foram usadas pelo exército sírio. Apenas americanos e franceses, que têm seguido estritamente as ordens de Washington, afirmam ter "provas" da autoria do ataque - provas até agora não reveladas.
Ao contrário das afirmações dos americanos, há várias evidências que o ataque não teve a participação do exército sírio e foi, sim, perpetrado pelos "rebeldes" - a coincidência com a visita dos inspetores da ONU dá o que pensar... 
Outra afirmação de Obama na entrevista revelou que ele não tem nenhum escrúpulo para confundir a opinião pública. Segundo disse aos jornalistas, “a conferência foi unânime à ideia de que armas químicas foram usadas, e a maioria dos presentes está aceitando e concordando que o governo de Assad é o responsável pelo uso delas. Isso, claro, foi questionado por Putin.”
Como vários integrantes do G-20 ainda não se manifestaram a respeito, a informação de Obama pode ser uma grande mentira.
Aliás, mais uma.
Mas o que fazer?
Os Estados Unidos são mesmo os donos do mundo...
(Com informações da Agência Brasil)


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