sexta-feira, 7 de junho de 2013

Indústria automobilística ri dos pessimistas

Luiz Moan: PIB brasileiro vai crescer 3% neste ano
(Foto: José Cruz/ABr)
Enquanto a imprensa mostra cotidianamente um Brasil em ruínas, caminhando inexoravelmente para o abismo, as lideranças de um dos mais importantes setores industriais, o automobilístico, não se contêm de tanta satisfação com o momento em que vivem e as  perspectivas para o futuro. Para o o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior, o crescimento de 8,6% nas vendas, de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2012, permite que sejam mantidas as previsões de crescimento de 3,5% a 4% do setor no ano. Quando analisadas as vendas em maio, Moan disse que os números só não foram melhores porque houve um feriado no fim do mês, o que atrapalhou os negócios por dois dias.

A venda total de veículos novos caiu 5,2% em maio em comparação ao mês anterior. Foram vendidas 316.233 unidades, ante 333.738 em abril, mas em relação a maio do ano passado, houve crescimento de 10% nas vendas. No acumulado do ano, foram vendidos 1.480.445 veículos.
“O governo teve um papel extremamente importante no desempenho do setor automotivo neste ano, não só quanto ao juros para os caminhões e máquinas agrícolas, mas também na redução da carga tributária dos automóveis e comerciais leves. A carga tributária era muito alta e, com a redução, o consumidor está respondendo”, disse na apresentação dos resultados de maio.
O balanço da Anfavea informa que a produção de veículos cresceu 0,3% em maio, com 348.070 unidades, enquanto em abril foram produzidos 347.122 veículos. Na comparação com maio do ano passado, o número aumentou 21,8% e, no acumulado do ano, 18,6%. “Maio foi o melhor mês da história em termos de produção, mesmo com o feriado. Também foi o melhor acumulado do ano”.
As exportações registraram queda de 11,5% em maio, com 48.623 unidades vendidas para o mercado externo diante de  54.962 em abril. No acumulado do ano as exportações aumentaram 81,1%, atingindo as 214.921 unidades. Na comparação com maio do ano passado também houve elevação  de 13,4%. “Acredito que a queda registrada seja uma questão de momento. Para as exportações temos que ter um horizonte maior de análise porque eventualmente no mês pode haver atraso ou adiantamento de embarque, entre outras coisas”.
Segundo Moan, o crescimento do PIB brasileiro deverá passar de 3% neste ano, projeção bem mais otimista do que os analistas econômicos. Ele tem uma explicação para isso: “Economista é sempre pessimista. Dá Ibope”, brincou.
Para justificar a sua expectativa otimista para o crescimento do PIB, Moan explicou que o setor automobilístico está crescendo acima da expectativa, e que ele tem um peso alto na economia, representando 23% do PIB industrial.
Além disso, esclareceu que setores importantes planejam crescimento expressivo. Ele destacou o setor de aço, que prevê crescimento de 4,6%; o de petróleo, que saiu de uma expectativa de queda de 3% para crescimento de 0,8% e o setor de transporte, que deve crescer 4,6% no ano.
Explicou ainda que o crescimento de 4,6% previsto para o setor de aço não é uma mera expectativa, mas um planejamento baseado em pedidos dos clientes. “O setor de aço trabalha com encomendas, com planejamento a longo prazo, o uso do forno é previsto quatro meses antes”, disse.

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