sábado, 6 de abril de 2013

As boas-vindas da PM aos argentinos

PM mineira mostrou
 como tratar os "hermanos":
bandido bom é bandido morto
Depois de ler as notícias e ver as imagens, fiquei com pena da Polícia Militar mineira, agredida covardemente pelos jogadores daquele timeco argentino, o Arsenal de Sarandi, que, sabe-se lá como, está disputando a Copa Libertadores da América.
Daqui a poucos dias o Brasil será a sede da Copa das Confederações, que serve como aperitivo da Copa do Mundo.
Não é preciso ser um gênio para perceber que o que aconteceu no estádio Independência vale como uma goleada no prestígio que o Brasil tinha nas entidades que mandam no futebol mundial.
Até a Conmebol, confederação sul-americana, geralmente política, quase nunca atuante nesses casos de violência, mostrou-se indignada com a ação dos policiais.
Quanto aos argentinos, nem é bom ler o que a imprensa dos hermanos está dizendo sobre a hospitalidade brasileira, fazendo previsões sobre como Messi e companhia serão recebidos no Brasil no ano que vem.
Muita gente, por causa da estupidez inerente ao espírito do torcedor, achou lindo ver os argentinos levarem borrachadas e serem ameaçados com armas de fogo, apontadas ostensivamente contra eles.
Teve jornalista (?) que até tuitou a sua satisfação com o ocorrido.
Mas se for esse mesmo o ânimo do brasileiro para a Copa do Mundo é bom que os estádios que estão sendo concluídos rachem todos e virem entulho antes da inaguração.
Está certo que o futebol é hoje mais que um esporte, carrega um monte de interesses comerciais e financeiros, mas tudo tem limites.
A ação da PM mineira é daquelas coisas que envergonham o ser humano.
Os policiais fizeram tudo errado.
Não foram nem capazes de entender por que estavam no estádio.
Agiram de forma inconsequente - ou podem justificar o que os levou a apontar aquelas escopetas enormes  para os jogadores argentinos?
Mostraram, mais uma vez, que a instituição a que servem vive num outro tempo, age como se estivesse em plena ditadura militar, acima das leis.
É um caso para se pensar: se a PM é capaz de dar, ao vivo e em cores, o espetáculo que deu, para milhões de pessoas, imagine só o que não faz nas madrugadas da vida, nas incontáveis quebradas deste Brasilzão?
O episódio do estádio Independência, acredito, vai muito mais além que uma mera briga de futebol.

2 comentários:

  1. A agressão foi argentina, Motta. Os policias estavam lá pra que? Tomar tapa na cara sem reagir?

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  2. Uma verdadeira vergonha, Motta. E pelo que vê, ouve e lê por aí, estes chamados jornalistas (???) estão construindo e, de certa forma, obtendo êxito, num ambiente xenofóbico em nosso continente. É triste.

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