Afif Domingos: criador do Impostômetro está com um pé no governo Dilma |
Saiu hoje, segunda-feira, no "Diário Oficial da União", a publicação da lei que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que terá como principal atribuição formular políticas de apoio a microempresas e empresas de pequeno porte e de artesanato, cuidando, por exemplo, de promover a qualificação, aumentar a competitividade e incentivar as exportações de bens e serviços.
A nova secretaria, com status de ministério, terá um orçamento pequeno, de menos de R$ 7 milhões anuais, e estrutura também diminuta, com 68 cargos, sendo subordinada diretamente à Presidência da República, como a Secretaria de Direitos Humanos e a Secretaria de Políticas para a Mulher.
Com a criação dessa secretaria, o governo Dilma passa a contar com 39 ministérios, um número que muitos consideram alto demais e desnecessário. Para esses críticos, Dilma não saberia, sem usar uma cola, nem dar o nome de todos os ministérios, muito menos os de seus comandantes. Segundo tais "analistas", criar tantos ministérios nada mais é que uma tentativa de cooptar os adversários, algo intrínseco a um governo que se diz de coalizão.
Esse pessoal pode ter mesmo alguma razão. Talvez o país não precise de uma Secretaria da Pesca, muito menos uma da Micro e Pequena Empresa, que, como tantas outras, poderiam muito bem funcionar no âmbito dos ministérios já existentes.
Já o governo, que depende de uma base de sustentação parlamentar para tocar os seus projetos mais tranquilamente, tem de juntar o maior número de apoio político possível.
Dar cargos a quem está do seu lado, é, pelo menos na teoria, algo que pode funcionar.
Certo ou errado, é assim como as coisas sãono Brasil - e, convenhamos, em grande parte do mundo.
O interessante, no caso dessa nova secretaria, é o nome que está sendo cogitado para chefiá-la, o do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos, atualmente no PSD, o partido criado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab para não ser nem de direita nem de esquerda, e sim para praticar o mais puro e descarado fisiologismo.
Já é quase certeza que o PSD vai integrar a base de sustentação de Dilma e, portanto, levar Afif para o lado de lá é uma medida até lógica.
O que complica esse raciocínio é o fato de Afif, além de vice de Geraldo Alckmin, inimigo feroz do PT, é também presidente do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Públicos-Privadas, ou seja, continua fazendo parte da administração tucana, onde, antes de sair do DEM e passar para o PSD, comandou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
A formação política de Afif se fez à sombra da ditadura militar. Ele esteve, durante anos, sob a guarida de Paulo Maluf, tendo, por meio da Associação Comercial de São Paulo, à qual presidiu por muito tempo, se fortalecido politicamente, ao ponto de ter concorrido até à Presidência da República em 1989.
Afif nunca negou as suas convicções ideológicas. Sempre foi, é e será de direita, aquela que prega o Estado mínimo, o fim de quase todos os impostos, o reinado absoluto do mercado, o salve-se-quem-puder que o capitalismo é feroz e devora os mais fracos.
Dizem que Dilma quer Afif no seu governo porque ele seria uma das pessoas que mais entendem de micro e pequena empresa no Brasil e que a sua nomeação seria parte da cota pessoal da presidência e não para agradar ao PSD.
Pode ser. Em política tudo pode ser.
Para Afif, ocupar um cargo no governo que tanto critica não vai ser tão difícil de justificar. Ele pode usar as expressões "chamamento cívico", "espírito público" e outras tantas do mesmo jaez para explicar o inexplicável que ninguém vai dar a mínima para isso.
O problema todo é com Dilma, que terá de convencer seus aliados mais à esquerda que não está levando para perto de si alguém que não gosta dela, não suporta a sua ideologia nem a de seus principais companheiros, e foi, a vida toda, não só um crítico, mas um inimigo declarado de tudo o que o governo trabalhista representa.
Sei lá, Dilma deve ter as suas suas razões - que devem estar muito além do nosso raso entendimento.
Essde cidadão é só mais um amigo da Globo. Só isso. É uma desgraça.
ResponderExcluirMas, Globo um PRECONCEITO SEM FIM. Portal Terra:
"...Totolinha(comerciante Ana Paula Costa), que foi ao Projac acompanhada do marido, Tiago Marques da Silva, não foi autorizada a entrar no estúdio onde o programa(Encontro com Fátima Bernardes) é transmitido ao vivo, e não conseguiu ver de perto a cantora(Ana Carolina), cuja imagem estampa seu corpo em uma tatuagem - uma das dezenas que possui. Barrados de última hora, eles alegam preconceito por parte da emissora, que, “por ordens superiores”, não os deixou participar desta edição.
Globo diz que foi por superlotação, apesar de Ana P. Costa ter, antecipadamente e com o aceite da Globo, solicitado sua presença no programa...".