quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As raras máscaras do Barbosão


Os relatos são desencontrados, contraditórios até.
Alguns jornalões, como o Globo, juram que as máscaras de Joaquim Barbosa, o implacável, foram o maior sucesso do Carnaval - antes mesmo de a festa começar o jornal já apregoava o sucesso popular do ministro supremo. Barbosão, diziam as notícias, estaria presente em todo o Brasil, se não de corpo, pelo menos de alma - e de cara.
Quem viu ou participou do festejo, porém, diz que a coisa não foi bem assim. Segundo várias informações, Barbosão foi figurinha difícil de ser encontrada nos blocos de rua, esses que realmente medem a temperatura do Carnaval. Alguns afirmam que viram um ou outro folião com a tal máscara, quantidade insuficiente para transformá-lo no tal sucesso antecipado pelos responsáveis pela opinião publicada.
Seja como for, este não foi o Carnaval do Barbosão.
O ministro supremo, o terrível algoz e acusador dos petistas na AP 470, o homem que os jornalões pintaram como um implacável caçador de corruptos, como o moralizador da nação, presidenciável que cairia como uma luva no gosto da poderosa elite que não suporta o governo trabalhista, sequer foi visto, de corpo e alma, nesses camarotes de cervejarias que ficam lotados de "personalidades" nos tantos desfiles oficiais que abundam por este imenso país nesta época.
Sabe-se lá onde o Barbosão se meteu.
Desaparecido do Carnaval, ele fracassou no teste de popularidade que os jornalões haviam imposto, talvez como pré-condição para galgá-lo definitivamente à galeria dos presidenciáveis com chances reais de defenestrar a laia petista do Planalto.
Agora, é esperar para ver como o ministro supremo vai se comportar daqui para a frente, já que ele tem ainda um bom tempo na Presidência do STF, e a AP 470, apesar do que apregoam por aí, ainda não acabou.
É possível que a batalha jurídica se estenda até o próximo Carnaval.
E, dependendo de como se comportar o nosso Barbosão, ficará mais fácil desencalhar as milhares de máscaras suas que sobraram neste Carnaval.
Evoé, momo!

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