A cada dia, mais e mais pessoas se dizem preocupadas com a saúde do ambiente.
O "ambientalismo" é uma onda que se reforça em todo o mundo.
No Brasil, por obra e graça de sua própria natureza exuberante, não podia ser de outra maneira.
Marina Silva, a ex-ministra do Meio Ambiente que se tornou candidata a presidente da República contra o ex-partido que ajudou a fundar e a chegar ao Palácio do Planalto, é a expoente máxima dessa corrente política, uma salada ideológica que confunde qualquer um que não está habituado com a rapidez das transformações do mundo contemporâneo.
Tida como a terceira via, aquela capaz de romper a dicotomia entre PT e PSDB, Marina tenta formar o seu próprio agrupamento político, com o apoio inestimável de ricos empresários "verdes".
Para isso conta com o entusiasmo de milhares de simpatizantes da causa ecológica e da imprensa em geral.
Páginas e mais páginas estão sendo dedicadas à essa nova cruzada da ex-senadora do PT.
Menos por simpatia ao seu ideário, claro, mas muito mais porque já são muitos os tais "analistas" políticos que não veem a menor chance de os tucanos apresentarem, em 2014, uma candidatura capaz de fazer cócegas na presidente Dilma.
Na eleição passada Marina agiu como força auxiliar de José Serra. Tirou muitos votos de Dilma, prejudicou bastante a sua campanha.
Na próxima eleição, se Marina e sua trupe conseguirem oficializar no TSE o seu grupo, ela não será mais apenas uma força auxiliar da oligarquia: inteiramente cooptada pelos valores do "capitalismo moderno", Marina e seus verdes estarão perfeitamente aptos a integrar a ruidosa banda que se formou para desafinar o grande baile que marca a passagem do Brasil para a maioridade.
Na falta de alguém mais maduro, uma verde qualquer serve.
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