quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Um gigante, muitos anões
Oscar Niemeyer foi, como pouquíssimo outros, um dos gênios da raça brasileira. Sua obra está espalhada por todo o mundo, todo o mundo o admira e o exalta.
No Brasil, porém, há os que o não perdoam por ter abraçado os ideais comunistas até o fim de sua longa, virtuosa e profícua existência.
Várias dessas pessoas foram simpatizantes da esquerda na juventude e depois se converteram, fanatizados, à fé capitalista.
São elas os que mais procuram diminuir a figura gigantesca de Niemeyer.
Para tanto usam como régua as suas próprias medidas diminutas, o seu próprio caráter insignificante.
E se esquecem que nem todos os homens são iguais a eles.
Há, por exemplo, aqueles que são fieis às suas convicções, que não se dobram à tentação do enriquecimento fácil, ao canto da sereia dos prazeres passageiros do consumismo, e preferem seguir a trilha pedregosa da coerência.
Pouco transigem. Fazem mínimas concessões.
Muitas vezes são inflexíveis.
E geralmente, com essas atitudes pouco vistas hoje em dia, acabam se distinguindo da imensa legião de medíocres que forma a base da "intelectualidade" nativa.
Homens como Niemeyer são cada vez mais raros.
E, como nunca, cada vez mais necessários para a redenção desta desprezível humanidade.
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