sábado, 3 de novembro de 2012

Revolução no ensino


O candidato tucano até que tentou, mas não conseguiu, como se diz hoje, "desconstruir" a candidatura de Fernando Haddad com base em sua atuação como ministro da Educação dos governos Lula e Dilma. Talvez até mesmo por obrigação, os terríveis jingles da campanha de José Serra tenham esculachado com o Enem, mas qualquer pessoa de bom-senso sabe que a gestão de Haddad foi excelente, e que os problemas havidos na prova não tiveram nada a ver com a sua organização - foram mesmo mesmo é caso de polícia.
O fato é que o Enem, que volta a ser aplicado a partir de amanhã em milhões de estudantes, se consolidou e, por si só, revoluciona o ingresso ao ensino superior. Com o tempo, vai acabar com a rendosa indústria dos "cursinhos" - e talvez essa seja a razão para sofrer tantas críticas da nossa "imparcial" imprensa, comprometida até o pingo no i com interesses comerciais.
Reproduzo abaixo uma reportagem da Agência Brasil sobre a prova que começa amanhã. Mostra como o Enem, assim como outras ações criadas na gestão Haddad, já se incorporaram à vida dos jovens e à nova realidade que o Brasil vive.

Pelo menos 95 instituições devem aceitar nota no Enem
para entrada de alunos no ensino superior 

Noventa e cinco instituições de ensino superior no país, incluindo 38 institutos federais, aceitam, atualmente, a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério para o ingresso de alunos no ensino superior. O dado se refere ao primeiro semestre de 2012 e, para as vagas a serem preenchidas no próximo ano, pode mudar. 
 Duas dessas instituições estão na mira do aluno do Colégio Militar de Brasília Pedro Henrique Beghelli. O estudante vai fazer a prova pela primeira vez e quer garantir, com os resultados do exame marcado para os dias 3 e 4 de novembro, uma vaga no curso de engenharia civil da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ou da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Tenho a sensação de estar preparado, mas sei que preciso continuar buscando mais. Desde a 5ª série eu comecei a construir um caminho aos poucos e sinto que tenho a base para ser aprovado pelo exame”, disse. 
Pedro Henrique confessa que não se dedicou exclusivamente ao Enem, optando por estratégias de estudo que também pudessem ser aproveitadas em vestibulares como o da Universidade de Brasília (UnB), que considera a nota no exame apenas para preencher vagas remanescentes. “Eu me preparei sem pensar em uma prova específica, mas sei que cada uma tem um estilo. Acho que a redação do Enem, por exemplo, tem uma estrutura mais simples. Tento fazer uma ou duas redações por semana. É treino”, explicou. 
O Enem foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Em 2009, o exame passou a ter mais importância, quando passou a substituir o vestibular em algumas universidades, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).  
Para 2013, as universidades e os institutos federais ainda vão divulgar o total de vagas ofertadas. Ainda existe a possibilidade de que outras instituições façam adesão ao Sisu e passem a usar a nota do Enem para selecionar estudantes. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o Sisu ofereceu mais de 108,5 mil vagas para 3.327 cursos de 95 instituições públicas de ensino superior. 
A nota do exame do ensino médio ainda pode para garantir bolsas de estudo parciais ou integrais por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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