sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Para entender o Brasil

"Eu não aguento mais a imprensa,
ela está mais preta que marrom"
(Do síndico do Condomínio Brasil, Tim Maia)
Algumas citações de personalidades públicas que talvez ajudem a entender o Brasil de hoje (e de sempre):

“Ele desempenhou muito bem sua função. Foi um homem muito competente, seguindo as orientações do governo: uma política firme que respeita os direitos humanos.” (José Serra, candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, sobre o coronel Telhada, ex-comandante da Rota e vereador eleito pelo PSDB, que tem nas costas 36 mortes de "marginais" e cujo slogan de campanha - e de vida - é "bandido bom é bandido morto")

“Cada partido político é autônomo, goza de autonomia política, administrativa e financeira em boa medida. Tem a sua identidade ideológica, ou político-filosófica, mas tudo isso é suspenso, legitimamente suspenso, para a formação de coligações durante o período eleitoral. Terminado o período eleitoral, as coligações se desfazem, de direito. E são substituídas por alianças tópicas, pontuais, episódicas, para a aprovação de projetos específicos. Não faz sentido, à luz da autonomia política de cada partido e da sua identidade inconfundível, ideológica e política, uma aliança formal ad aeternum, porque isso, mais do que a perenização no tempo dessas coalizões, implica em um condicionamento material na hora das votações.” (Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do processo do tal mensalão, se esquecendo que as coalizões partidárias são feitas em todo o mundo democrático) 

"[O objetivo do esquema era] um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto." (O mesmo Carlos Ayres Britto, no mesmo julgamento)

"Estamos a tratar aqui, sim, de uma hipótese de macrodelinquência governamental. E, em um caso assim, é plenamente aplicável [a teoria do domínio do fato]." (Ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do tal mensalão) 

"Na democracia, quem quer falar pelo povo tem um caminho: apresentar-se, defender o que pensa e obter um mandato. Fora disso, não há regras. Generais já se acharam melhores que os políticos, mais 'puros'. Como os juízes de hoje, os generais estavam preparados e eram patriotas. Desconfiavam dos políticos. Viam-se como expressão da sociedade. Liam na grande mídia que 'precisavam responder aos anseios do País' e moralizar a política. Tinham um deles para pôr no poder. O final daquele filme é conhecido. E o de agora?" (Marcos Coimbra, sociólogo)

 "Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia." (Tim Maia, o síndico do Condomínio Brasil)   

Nenhum comentário:

Postar um comentário