domingo, 1 de janeiro de 2012
Mais dinheiro no bolso
Apesar do tempo chuvoso e das nuvens na maior parte do país, o trabalhador brasileiro começa 2012 com mais dinheiro no bolso: a partir de hoje o salário mínimo passa de R$ 560 para R$ 622.
Para a economia, o reajuste significa uma injeção de R$ 47 bilhões e uma arrecadação de impostos sobre o consumo de até R$ 22,9 bilhões, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Cada real acrescido no salário mínimo tem impacto de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. O peso na massa de benefícios é 46% das contas da Previdência. Cerca de 68% do total de seus beneficiários terão o reajuste. Aproximadamente 48 milhões de pessoas ainda têm seus ganhos indexados ao salário mínimo.
Desde 1979 o mínimo não tinha tanto poder de compra frente à cesta básica: o valor atual corresponde a 2,25 cestas, que é composta por 13 itens de alimentação, incluindo carne, leite, feijão, arroz e banana.
"Embora o salário mínimo ainda seja insuficiente, inegavelmente houve uma melhora nesse período", diz José Silvestre Prado de Oliveira, do Dieese. O aumento de 14,13% no piso nacional – que, com o desconto da inflação estimada para 2011, equivale a um ganho real de 9,2% – é o segundo maior dos últimos anos. Em 2006 o acréscimo real havia sido recorde, de 13,04%. O Dieese calcula que desde 2002 o salário mínimo teve crescimento nominal de 211%, saltando de R$ 200 para os R$ 622 a partir de hoje. Descontada a inflação do período, o ganho real foi 65,96%. A quantia necessária para suprir todas as necessidades do trabalhador, segundo o Diesse, teria de ser 4,1 vezes maior do que o mínimo vigente. "Há poucos anos, o cálculo mostrava que o piso tinha que ser 6,4 vezes superior", destaca Oliveira.
Entre os vizinhos da América Latina, o Brasil paga um piso mediano. A Argentina tem o maior salário mínimo da região, de aproximadamente R$ 996. No Paraguai, na Venezuela e no Chile os valores também são mais elevados – R$ 690, R$ 670 e R$ 649, respectivamente. A Bolívia está no menor nível, com R$ 218, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho.
Na Europa, há também diferenças consideráveis na política do salário mínimo. Enquanto na Bélgica o trabalhador recebe até 1.424 euros, ou R$ 3.444, em Portugal esse valor é de 485 euros (R$ 1.173).
O censo de 2010 do IBGE mostrou que a maior parte das residências (28,7%) vive com um orçamento de meio a um salário mínimo por pessoa. Apenas 5,1% das residências contam com mais de cinco salários por pessoa. Desde 2007, o piso nacional é corrigido com base na produtividade média da economia e no índice de inflação. Essa regra acordada entre governo e sindicatos vale até 2023. "Se a economia brasileira crescer em torno de 4% e 5% nos próximos anos, o salário mínimo poderia dobrar até 2023 em valores reais", prevê Oliveira. (Com informações da Deutsche Welle e da Agência Brasil)
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