terça-feira, 6 de setembro de 2011
Algaravia no armazém
Demorou pouco. A campanha contra a ideia do PT de criar um marco regulatório para as comunicações já começou, com todo o fôlego. A turma não perde tempo. E nem se dá ao trabalho de mudar o discurso, o mesmo das outras vezes em que o tema foi levantado pelo PT.
Agora, informa a Agência Brasil, a proposta não foi bem recebida pelos senadores de oposição e os que se consideram independentes. Para eles, um marco regulatório pode levar a uma tentativa de controlar previamente conteúdos e censurar a imprensa. "Toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas, a cúpula do PT se apressa em ressuscitar o chamado ‘marco regulatório da mídia’”, disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
O senador Pedro Taques (PDT-MT) declarou que a liberdade de imprensa é um direito constitucional que não pode ser afrontado. “Muitos entendem que a Constituição valha menos do que estatuto de partido político”, disse. “Hoje, fala-se em regulamentação da imprensa, fala-se em regulamentação da mídia, fala-se em violação de direitos previstos na Constituição. A cadeia da legalidade hoje significa um movimento de resistência para que a Constituição não seja violada e não seja descumprida”, completou.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que a proposta divulgada na Resolução Política do PT, no último fim de semana, é apenas uma posição partidária. Segundo ele, o governo não tem a intenção de enviar nenhum projeto de lei sobre o assunto para o Congresso Nacional. O tema, de acordo com ele, sequer foi tratado na reunião de coordenação política que ocorreu na manhã de segunda-feira no Palácio do Planalto. “Não discutimos isso, o governo não tem projeto sobre isso. Não vejo esse tema aqui como prioritário. Existem alguns projetos isolados, mas não essa regulamentação macro do jeito que o PT defende”, ressaltou o líder.
Para o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), o PT quer passar por cima do Poder Judiciário para condenar a mídia. “A sigla que comanda o país nos últimos oito anos e já oito meses, além de esquecer que o seu principal líder reconheceu que só foi possível chegar ao poder graças ao apoio da mídia, não leva em conta que estamos num Estado Democrático de Direito e que o Poder Judiciário mantém juízes a postos para responsabilizar eventuais excessos por parte daqueles que escrevem diariamente. Cabe à Justiça, e tão somente a ela, o papel de arbitrar e de responsabilizar”, disse Dias.
E por aí vai. Para esta semana são esperadas as manifestações dos articulistas dos jornalões, dos "analistas" de qualquer coisa - desde que seja para falar mal do PT, vale tudo -, dos "cientistas" políticos de uma só opinião - claro que a contra o governo do PT -, de todos os integrantes dessa extensa fauna que compõe o mosaico dos "homens de bem" que adorariam ver o Brasil retroceder algumas dezenas de anos.
Para essas pessoas, a imprensa não passa de um negócio, um grande armazém cujos produtos, da pior qualidade possível, se destacam apenas pelo mau cheiro que exalam.
É impressionante como a palavra regulamentação provoca reações tão fortes de repulsa nessa gente. Será que é porque ela lembra algo como ordem, leis - civilização, enfim?
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ontem sem mais nem menos o jo soares bradou:O PT QUER A VOLTA DE CENSURA!NÃO PODEMOS PERMITIR!...porem não o vejo criticar o JN E AS MENTIRAS QUE CONTA
ResponderExcluirÉ claro que as oposições são contra a regulamentação das mídias , pois estas são apenas um instrumento que elas dispõem para fazerem-se ser ouvidas atacar gratuitamente o PT e para esconder seus mals feitos , filhos ilegítimos ou chifres .
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