sábado, 25 de junho de 2011

Ataques virtuais


Esses ataques de hackers a sites governamentais serve ao menos para uma coisa: alertar as autoridades para a necessidade de investir mais no mundo internético. De resto, pelo teor absolutamente vazio de suas mensagens, o que dá para perceber é que os tais "piratas", embora se autoproclamem uma espécie de justiceiros acima do bem e do mal, formam apenas um bando que age como adolescentes "rebeldes", uma espécie antiga e bem conhecida de sociopatas.
A única diferença entre esse grupo e os anteriores é que hoje eles se valem da internet para mostrar o quanto são poderosos e o tanto de desprezo que têm pelo establishment. Conseguem obter êxito relativo em suas traquinagens justamente porque se valem da desatenção das autoridades com o mundo virtual. Infelizmente, muitos dos nossos governantes ainda encaram a internet como uma ferramenta cultural secundária, dando pouca atenção ao seu imenso potencial.
O governo Dilma começou com a esperança de que os planos do antecessor Lula de universalizar a internet, seja equipando as escolas, seja levando a banda larga para todo o país, seriam acelerados. Mesmo tendo, na campanha eleitoral, visto a força da web, parece que a presidente Dilma congelou todo o esforço anterior. As declarações recentes do ministro Paulo Bernardo são desanimadoras. E a sua intenção de deixar as teles desenvolverem o Plano Nacional de Banda Larga é o mesmo que largar a raposa para cuidar do galinheiro.
Nesse sentido, até que a peraltice dos "piratas" cibernéticos é bem-vinda. Serve para dar um chacoalhão na rotina das pessoas que deveriam cuidar dessa área, mostrando que seu trabalho deve ser tão ou mais intenso que a velocidade da rede.
Uma outra consequência, quem sabe, pode ser estimular as autoridades a investir mais na área da educação. Assim, pelo menos, se o país não conseguir acabar com os atos irresponsáveis de rebeldia juvenil, pelo menos terá mais gente à disposição capaz de diminuir os seus danos.

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