A vencedora aponta para um país livre da miséria e conclama a todos para ajudar nesse imenso trabalho. O perdedor aproveita a ocasião para passar recados aos seus inimigos íntimos e para ameaçar a todos com um "eu voltarei".
Se Dilma terá enormes dificuldades para terminar com êxito a missão a que se propôs, que vai exigir doses extremamente generosas de acertos técnicos e políticos, Serra terá de lutar, não se sabe com que armas, para liderar uma oposição esfrangalhada.
Sem mandato, com raros amigos, contando agora com a antipatia de amplos setores de seu partido, o ex-governador paulista corre o sério risco de abreviar a sua vida pública. Sua visão "paulista" do mundo passa agora a ser o seu maior defeito, muito maior que seu egocentrismo ou sua rispidez.
A oposição, para não correr o risco de simplesmente sumir do mapa, terá de ter um líder de alcance nacional, que fale a língua de todos os brasileiros, que entenda, ao contrário de Serra, que deixou isso explícito em sua deplorável campanha, todos os sotaques.
Esse líder será Aécio Neves? Há quem aposte que sim. Há, porém, quem veja no mineiro apenas um político que herdou do avô poucas qualidades e muitos defeitos.
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