Nesse ponto em que se encontra a disputa presidencial, acho que poucos de bom senso poderão acusar o palhaço Tiririca, legítimo candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados, de ter ofendido, de algum modo, a classe política, com o seu bordão "vote em Tiririca: pior que está não fica."
É que chega a ser patética a tentativa do candidato Serra, com a cumplicidade absoluta da mídia, de tumultuar o processo eleitoral, com acusações e denúncias sem nenhuma prova ou fundamento, que atingem a honra não apenas de sua adversária, como também de instituições sérias como a Receita Federal.
Se parasse para pensar por um minuto sequer, Serra talvez compreendesse que agir dessa forma só precipita o seu mergulho rumo ao fundo do poço.
Passada a eleição, o que sobrará da imagem de político sério que tentou construir ao longo de várias décadas? Quem será louco o suficiente para integrar um grupo sob a sua liderança? Com que autoridade moral ele vai se apresentar para comandar qualquer processo político?
Talvez eu esteja enganado e o Serra derrotado que sairá da eleição ainda possa, justamente por ter-se comportado desta maneira ignóbil, arrebanhar um bocado expressivo das forças políticas do país - aquelas alinhadas à direita da direita.
Será então o caso de dar razão à singela expressão popular que encerra qualquer discussão com um peremptório "eles se merecem".
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