Não tenho números sobre a quantas anda a educação paulista. Lembro apenas de alguns resultados decepcionantes que as escolas públicas tiveram nos últimos exames de avaliação. E também da greve de professores, este ano, por melhores salários e condições de trabalho mais dignas. A greve foi tratada como um movimento de marginais pelas autoridades paulistas - os policiais militares chegaram mesmo a espancar vários professores, sem sequer considerar que entre eles poderia estar o responsável pela educação de seus filhos.
Mas é sobre essa história de premiar quem dá mais resultado que eu quero falar. Na teoria, parece até que isso funciona, mas é só na teoria. Porque, na prática, como um modelo desse pode dar certo, se é fato público e notório que as escolas estaduais vivem na penúria, sem condições mínimas de atender nem os alunos, nem os professores? Assim, como exigir que um sujeito que ganha uma miséria e trabalha num lugar sem as mínimas condições tenha um desempenho profissional exemplar?
É um contrassenso brutal, que só uma peça publicitária cínica e mentirosa, como essa que está no rádio, pode disfarçar.
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