terça-feira, 31 de março de 2009

O inchaço que não existe

Estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) desmonta uma das principais teses de tucanos e pefelistas, repetida à exaustão como forma de crítica ao governo Lula: a de que o Estado brasileiro é inchado.
Segundo esse levantamento, o Brasil tem menos servidores, como proporção do total de trabalhadores ocupados, que todos os parceiros do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Austrália, Dinamarca, Finlândia e Suécia. 
"Mesmo nos Estados Unidos, a mais importante economia capitalista, caracterizada pelo seu caráter privatista e pelo seu elevado contingente de postos de trabalho no setor privado, o peso do emprego público chega a 15% dos ocupados", aponta  o estudo, intitulado Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução Recente.
O Brasil tinha em 2005 um total de 10,7% de seus trabalhadores ocupados no setor público. Em 1995, esse percentual era de 11,3%. O Canadá tem um índice de 16,3%, e a  Austrália, de 14,4%. O país com maior proporção de funcionários públicos é a Dinamarca: 39,2%,  
Segundo o Ipea, não há razão para se afirmar que o Estado brasileiro seja inchado por um suposto excesso de funcionários públicos. A pesquisa revela que o atual contexto de crise, em especial, é justamente o momento para se discutir o papel que pode assumir o emprego público na sociedade brasileira.
Uma discussão que, obviamente, os insígnes representantes de PSDB e PFL não gostariam de fazer, já que, para eles é mais cômodo persistir na mentira. 

Um comentário:

  1. Caro Mota, este estudo do Ipea, por mais que ele tenha me deixado satisfeito por mandar para o brejo a retórica do estado inchado propalada pelo PIG e pelos partidos da política neoliberal, não pode esconder, por outro lado, a ineficiência do nosso estado. Bem, mais este é um outro problema, crônico na verdade e, está diretamente relacionado com a prática de apropriação do estado pelos partidos políticos, sem excessão. Não é preciso ser Administrador, como eu sou, para atestar isto e, tampouco, ter experiência em empresa pública, como eu também tive e, por longos anos, para ratificar. Basta encarar um fila em qualquer repartição ou buscar qualquer espécie de serviço do estado para se comprovar isto. E esse é o tema que, doravante, devemos ter em mente. Profissionalizar o estado e colocá-lo, verdadeiramente, a serviço do contribuinte.

    Um abraço

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