domingo, 16 de novembro de 2008

Festa confirmada

Quer saber como anda a atividade econômica? Olhe pela janela: muitos caminhões, economia aquecida; poucos, mau sinal.

A Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias (ABCR) divulga mensalmente um índice que mede o fluxo de veículos por suas estradas. Em outubro, auge da crise financeira internacional, ele registrou expansão de 0,3% em comparação com o mês anterior.

O fluxo de veículos pesados apresentou queda de 0,8% e o movimento de veículos leves apresentou alta de 0,9%. “A queda do movimento dos veículos pesados está provavelmente associada à crise internacional e pode representar uma tendência para os próximos meses", disse Marcela Prada, economista da Tendências, consultoria co-autora da amostra. “Os setores mais ligados ao crédito tendem a sentir mais fortemente os efeitos da crise internacional. As informações disponíveis sobre aumento da aversão ao risco, retração do crédito, queda das vendas de automóveis e das exportações com a redução da demanda externa são alguns dos fatores que podem estar por trás do recuo dos pesados”, afirma.

Já o comportamento dos veículos leves, explica, tem a ver com a renda, que ainda está preservada. “O mercado de trabalho está bastante aquecido. Em setembro, o IBGE divulgou taxa de desemprego de 7,6%, a mais baixa desde o começo desta nova série, em 2002. Por conta disso, os salários estão tendo fortes reajustes, o que impulsiona o consumo. O reflexo no movimento dos veículos leves é direto”, comenta Marcela.

Em relação a outubro de 2007, o índice total apresentou elevação de 3,0%. O fluxo de veículos leves cresceu 3,3% e o de pesados apresentou alta de 2,2%. Nos últimos 12 meses (acumulado de novembro de 2007 a outubro de 2008 comparado com novembro de 2006 a outubro de 2007), o fluxo total teve expansão de 6,5%. Considerando esta mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 6,7% e de pesados, 6,0%.

Os números devem estremecer de raiva os catastrofistas.

As últimas notícias dão conta que Papai Noel pretende, sim, passar pelo Brasil nos próximos dias para pegar um bronzeado.

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