O Brasil é um dos países economicamente mais injustos do mundo. As pessoas que o governaram têm grande culpa disso. Não souberam, ou não quiserem, adotar ações e políticas para acabar ou diminuir a desigualdade. Na maioria das vezes, se fez justamente o oposto - os benefícios visaram as classes mais abastadas, cavando mais fundo o fosso social, com terríveis conseqüências sobre várias gerações seguintes.
Pode-se acusar o governo Lula de tudo. Porém, alguns resultados práticos do investimento que ele vem fazendo na área social são notáveis. Organismos internacionais isentos elogiam o programa Bolsa Família, que virou exemplo de como o Estado pode combater a miséria de modo eficaz. Vários países estudam adotá-lo.
Porém, para o eixo oposicionista formado pelos tucano-pefelistas, com inteira cobertura da grande mídia, todo esse esforço não passa de um sujo truque eleitoral, compra de votos de miseráveis, que são usados friamente para manter o lulismo no poder.
Sem nenhuma análise aprofundada do programa, tais assertivas são repetidas ad infinitum pelas vozes mais eloquentes desse neo-lacerdismo canhestro. O mal produzido pela repetição enfadonha é irremediável. Transforma-se algo que poderia até ser melhorado num reles projeto de cunho personalista e imediatista. Joga-se no lixo a oportunidade de o país dar um salto adiante em sua luta para se tornar um dos grandes do mundo.
Tais cínicos tiveram novamente a oportunidade de bradar sua insensibilidade e desprezo pelos mais humildes no lançamento do programa Território da Cidadania, que pretende beneficiar os moradores da área rural de quase mil municípios neste ano, ao custo de R$ 11 bilhões. É uma espécie de complemento do Bolsa Família.
Para eles, novamente o lulismo distribui favores em troca de votos. Pretendem levar o caso às últimas instâncias - no caso o Supremo Tribunal Federal, tantas vezes cúmplice dos desejos dessa elite voraz.
Agindo assim, os novos udenistas mostram que seu único objetivo é destruir toda iniciativa que parta do Palácio do Planalto. São movidos por um ódio primitivo e irracional. Não há bandeiras, não há metas, não há projetos, não há expectativas. Só a esperança de ver a derrota total, fragorosa e definitva do seu inimigo número um, o ex-metalúrgico semi-alfabetizado que teve a ousadia e a pretensão de se transformar no presidente da República.
Por voto direto. Duas vezes.
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