quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Disputa desigual

Trem, Águia Negra, Sousa, Jaciara, Barras e Roma Apucarana são apenas meia dúzia entre milhares de times de futebol que existem por aí. O que os diferencia dos outros é que estão disputando uma competição com a elite do país. Há os que argumentam que a Copa do Brasil é um torneio importante justamente por isso: possibilitar que essas equipes da terceira divisão, dos lugares mais distantes possíveis dos grandes centros, tenham a oportunidade de enfrentar clubes tradicionais e de ponta.
O argumento é uma bobagem. Jogos amistosos existem exatamente para dar sentido de festa ao esporte. Numa competição para valer, deve-se, ao contrário, fazer com que os oponentes sejam do mesmo nível. Por isso o futebol profissional está dividido em divisões. Promover uma disputa entre times desiguais é, antes de mais nada, uma atitude antidesportiva. Quem ganha não tem méritos. Quem perde, é humilhado.
Em algumas ocasiões, raríssimas, ocorre a chamada zebra. O futebol é um esporte que permite que isso aconteça. Mas esse fato, por ser a exceção, não a regra, não é suficiente para justificar o espetáculo constrangedor que é a Copa do Brasil.

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