domingo, 20 de janeiro de 2008

Para pular

Debilitado nos últimos anos por centenas de músicas (?) de axé, todas iguais na falta de inspiração, melodia e poesia, o carnaval brasileiro, que produziu dezenas de obras-primas, ganha novo fôlego com a iniciativa de artistas de reviver a marchinha, o mais tradicional gênero da festa.
Os festivais de marchinha vêm sendo realizados no Rio de Janeiro e cidades menores, como as paulistas Ubatuba e São Luiz do Paraitinga. Nesta, aquece os moradores e turistas para um carnaval que lota as ruas do centro histórico. Existe desde o início dos anos 80 e vem se firmando como aglutinador e divulgador dos músicos da região.
O palco é o coreto Elpídio dos Santos (compositor preferido de Mazzaropi, nascido em São Luiz do Paraitinga, autor de mais de mil músicas), na praça central, em frente à Igreja Matriz de São Luiz de Tolosa, que fica lotada de pessoas de todas as idades.
Embora a vencedora receba um prêmio em dinheiro (R$ 2 mil este ano) - e um troféu, como enfatiza o apresentador do festival -, a vitória não está completa se ela não cair na graça dos foliões e não for cantada pelos blocos (26 no total) que fazem o carnaval da pequena cidade.
Neste ano, o ator Adriano Prado, na pele de seu personagem mais famoso, o caipira Tonho Prado, deu um show com sua interpretação de "Olhos Profundos", de Lu Baleiro e Puru. A marchinha é linda, empolgante e revive uma época em que não só o Carnaval, mas a própria vida era mais alegre.
É ver, ouvir e curtir:



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