sábado, 19 de janeiro de 2008

Gênio maldito

Bobby Fischer, o genial enxadrista morto aos 64 anos em seu exílio na Islândia, é exemplo de como o Estado pode ser cruel com seus cidadãos.
Em plena guerra fria, Fischer foi usado como instrumento de propaganda americana no seu notável embate contra o então campeão mundial, o soviético Boris Spassky.
Fischer venceu o duelo de lavada. Acabou com a hegemonia soviética de décadas no xadrez.
O individualismo capitalista havia provado ser melhor que o coletivismo soviético.
A emoção havia derrotado a razão.
Só que depois, Fischer perdeu o controle de si mesmo. Sua paranóia se exarcebou, seus medos se transformaram em pânico. Entrou em curto-circuito.
E aí, o Estado capitalista cumpriu o seu papel. Nada fez, deixou que as coisas seguissem o seu curso.
Em poucos anos, Fischer já havia se tornado um pária, um apátrida, um estorvo.
O desfecho acabou sendo inevitável.

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