sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Vitória

A Fiesp e congêneres, que fizeram intenso lobby contra a prorrogação da CPMF, dizem que a extinção da contribuição foi uma vitória para o Brasil.
Foi isso sim uma vitória dos empresários. Se dependesse deles, todos os impostos acabariam.
E eles continuariam cobrando o mesmo pelos seus produtos e serviços - e pagando o mesmo para os seus funcionários.
Essa é a lógica do capitalista brasileiro.
Ele não quer um país com um grande mercado consumidor - ele quer um país com uma grande concentração de renda, para vender caro ao público abastado.
Ele não quer um país com menos desigualdade social - ele quer aprofundar o fosso social, para continuar no topo de seu castelo, como senhor feudal.
Ele não quer um país com saúde e educação unversais de boa qualidade - ele quer que saúde e educação sejam apenas um bom negócio.
O empresário brasileiro não quer um país poderoso, moderno, independente, justo, pois para que isso ocorra ele terá de mudar.
E o empresário brasileiro odeia mudanças - especialmente quando elas não são feitas por ele.

Um comentário:

  1. O povo brasileiro perdeu, e muito,
    com o fim da CPMF.
    Só sendo muito lunático para não ver esta dura realidade!

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