segunda-feira, 16 de julho de 2007

Nobre conselho

O príncipe não abandona seus súditos. Magnânino, espalha sua sabedoria e encanta platéias e públicos com seu raro charme. Cobra pouco - ou quase nada - por isso. Apenas um muito obrigado, um sorriso de retribuição, um pedido de autógrafo e um "valeu, presidente" do fundo do coração.
Pois assim é Fernando Henrique, primeiro e único. Aquele que se condói com as agruras do metalúrgico que hoje habita seu palácio de tantas e belas e doces recordações. Aquele que, triste por ver seu sucessor passar pela humilhação da vaia - algo que nunca, em seu reinado, experimentou -, aconselha: seja humilde, senhor presidente, seja humilde!
Quem testemunhou tais palavras jura que elas foram a expressão mais sincera de sua alma pura. Uma alma que não conheceu, em toda a vida, manifestações tão baixas como essas dedicadas ao usurpador, pois, afinal, príncipe que se preza não se mistura com plebeus.

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