O noticiário mostra a corrupção como exclusiva do poder público. No mundo criado pelos jornais, não existem empresas ou empresários corruptos. São todos uns santos que viveriam bem melhor se não fossem explorados pela ganância do governo. Quando algum deles é apanhado com a boca na botija, é tratado como exceção, ovelha desgarrada.
O tal caso de "mensalão" é mais do que ilustrativo: do lado público, uma "quadrilha"; do lado privado, apenas o tal Marcos Valério e o BMG. Mas o carequinha não era também um "captador de recursos"? Afinal, captou recursos de quem? Até hoje, isso é um mistério. Nenhuma notícia sobre quem foram os corruptos ativos - aqueles que oferecem a grana em troca das facilidades. Sem eles, que obviamente estão do lado privado do negócio, não haveria crime.
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