O segundo livro de Raquel Pacheco vendeu 20 mil exemplares. Nada mal para os padrões brasileiros. Mesmo assim, ela se decepcionou e resolveu mudar tudo: lançou uma nova edição da obra, com capa diferente e o nome da autora alterado para Bruna Surfistinha. Isso mesmo, Raquel Pacheco é Bruna Surfistinha, a ex-prostituta que emplacou 220 mil exemplares de "Doce Veneno do Escorpião", seu primeiro livro, em que ela contava as suas a(des)venturas como garota de programa. "As pessoas achavam que Raquel Pacheco estava querendo surfar na onda da Bruna Surfistinha", disse Raquel ao explicar o motivo pelo qual resolveu voltar a encarnar a sua antiga personagem.
Esse segundo livro fracassado de Raquel chama-se "O Que Aprendi Com Bruna Surfistinha - Lições de uma Vida Nada Fácil" e ensina mesmo várias lições sobre o mercado editorial brasileiro. Primeira lição: o que vale é a aparência, não o conteúdo. Segunda lição: só vende quem aparece na telinha, seja por qual motivo for. Teceira e mais importante lição: o público gosta mesmo é de uma putaria.
Em tempo: Raquel/Bruna vai deixar, por uns tempos, a literatura de lado e se dedicar aos negócios - está para abrir uma "butique erótica" no bairro de Moema, em São Paulo.
Com o dinheiro que ganhar, pode, quem sabe, bancar uma campanha para a imortalidade acadêmica. Ficaria uma graça de fardão ao lado do eterno mago Paulo Coelho.
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