A revista comemorativa dos 70 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo traz números reveladores sobre a evolução do trabalho feminino na categoria. Segundo dados da assessoria econômica do sindicato, tendo como base a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), em dez anos - de 1995 a 2005 - a participação das jornalistas mulheres cresceu de 42,62% para 52,59% do total, enquanto os homens perderam dez pontos percentuais no mercado de trabalho - de 57,38% para 47,41%. É bom notar que os números se referem apenas a jornalistas com contrato de trabalho firmado, ou seja, no mercado formal.
O mesmo levantamento mostra que o número de jornalistas profissinais praticamente dobrou no Estado em dez anos, passando de 5.746 em 1995 para 10.783 em 2005. Os jornais, que eram os maiores empregadores (1.996 jornalistas em 1995), hoje estão em segundo lugar (1.301 profissionais) , perdendo longe para os chamados "extra redação" (assessorias de imprensa, empresas, sindicatos etc), que passaram de 1.785 para 6.860.
Os homens são hoje maioria nos jornais (58,95%), agências noticiosas (50,76%), televisão (57,20%) e rádio (62,30%). Já as mulheres tomaram conta das revistas (55,38%) e do "extra redação (57,19%).
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