sexta-feira, 15 de abril de 2016
Nós brasileiros somos assim, fazer o quê?
Para uma coisa essa confusão toda serviu: mostrou o que é o Brasil, o que são os brasileiros, na realidade.
Somos um povo racista, preconceituoso, violento, ignorante das mínimas noções de cidadania e de civilidade, inculto e imbecilizado por uma mídia igualmente idiota.
Somos um povo que se espelha numa plutocracia rude, violenta e escravagista.
Somos atoleimados, burros e incapazes de elaborar um raciocínio lógico.
Preferimos acreditar no pastor da igreja da esquina, aquela que cobra dízimos para que os fieis adentrem os portões celestiais, do que em evidências factuais ou científicas.
Damos crédito a boatos e infâmias, disseminamos mentiras toscas como se fossem a expressão da mais pura e absoluta verdade.
Detestamos a corrupção - dos outros.
Adoramos levar vantagem - em tudo.
Louvamos o capital, fazemos qualquer coisa para nos exibirmos, como pavões vaidosos, aos nossos parentes, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho.
Achamos sempre que os outros são os culpados pelos nossos fracassos.
Cultivamos com extremo zelo o cinismo e a hipocrisia.
Somos assim, fazer o quê?
É essa a nossa índole, são esses os nossos hábitos, a nossa herança - e muito provavelmente, o nosso destino.
De vez em quando surge alguém que nos lembra que o rio da história não segue indefinidamente um curso imutável, que ele pode ser alterado, que o homem é capaz de, com seu engenho, desviar seu leito para irrigar terras áridas e desertos inóspitos.
De vez em quando a gente se permite sonhar em viver num país mais justo e igualitário, no qual os homens ao menos se respeitem e respeitem a vida.
De vez em quando a gente é sacudido por pessoas que diferem da maioria não por serem especiais, mas por serem tão somente civilizadas.
De vez em quando a gente se defronta com a dignidade e se assusta por ela ser capaz de existir neste oceano de iniquidades em que estamos mergulhados - e nos afogamos.
De vez em quando a gente pensa que vai ser feliz. (Carlos Motta)
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Sou um velho trabalhador, desses que, digamos, não se conforma com a cruel injustiça que a séculos nos fustiga. Cansado de uma luta que já consumiu quase toda minha vida, dia desses, caminhava por uma praia do Rio, com minha mulher, quando de um onibus saltou um casal com dois filhos pequenos, negros. Provavelmente moradores de alguma favela próxima. Não sei porque, a pequena menina se aproximou, me deu um longo abraço, e se despediu com acenos ao chamado dos pais. A luta continua. Nossas crianças precisam crescer.
ResponderExcluirTem uma piada que ouço desde novinho(hoje tenho 56 anos),que narrava questionamentos feitos a Deus,pelas futuras potencias mundiais,onde elas perguntavam ao criador: Senhor,por que tantos privilégios para o Brasil? Lá não tem teremoto,maremoto,nevasca,tem comida em abundância,um clima maravilhoso etc...já nós né!? foi quando Deus respondeu...mas vocês vão ver, o povinho que eu vou colocar lá....
ResponderExcluirSó sei de uma coisa: vai dar merda!
ResponderExcluirIsso é fato....
ExcluirApontar 'isto ou aquilo' é insuficiente... há que COMBATER OS PAROLIZADORES DE CONTRIBUINTES... isto é, ou seja, vontade de combater 'golpeadores'... não é apontar 'milagreiros'... mas sim reivindicar/criar:
ResponderExcluir- MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!
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Ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
De facto, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia (etc) - por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
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Caso 1:
O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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Caso 2:
CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
[ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]