terça-feira, 11 de agosto de 2015

As boas notícias não são notícia

Uma passada d'olhos no portal da Agência Brasil é suficiente para recolher algumas informações preciosas sobre o estado da saúde econômica do Brasil, que para uns tantos está praticamente na UTI.

Três notícias ilustram o quão distante da realidade estão os diagnósticos de que o Brasil vive uma crise econômica única em sua história, como nos fazem crer os apóstolos do caos que se travestiram de jornalistas.

O que o Brasil vive hoje é tão somente uma guerra suja de informações bancada pelos que sempre fizeram de tudo para manter o país no atraso, na ignorância e subjugado ao poder de potências estrangeiras. 

Não vivemos o melhor dos mundos, mas tampouco estamos mergulhados no pior deles.

Eis o resumo das notas da Agência Brasil:


1) A produção de grãos no Brasil deve chegar – este ano – ao recorde de 208,8 milhões de toneladas, segundo o 11º levantamento da safra, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento de 7,9% ou 15,2 milhões de toneladas supera a produção de 2013/14, de 193,62 milhões de toneladas. Segundo a Conab, o crescimento se deve, sobretudo, ao ganho de produtividade do milho segunda safra, registrado em quase todos os estados produtores, principalmente nos do Centro-Oeste e no Paraná. 

2) O saldo da balança comercial do país este ano deverá chegar a até US$ 12 bilhões, segundo o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Monteiro disse ter visão “bastante positiva” sobre o cenário econômico brasileiro neste momento. Segundo ele, o superávit na balança comercial do país fechou a primeira semana de agosto acima dos US$ 5 bilhões e as projeções indicam números mais confortáveis. “Embora temerária, as minhas projeções no início do ano eram de um saldo comercial entre US$ 8 bilhões e U$$ 10 bilhões. Agora já é possível fazer uma projeção com uma margem bem mais segura de que o nosso saldo este ano vai passar dos US$ 10 bilhões, podendo chegar a US$ 12 bilhões”. Monteiro admitiu que as importações caíram de maneira significativa neste período, o que de certa forma favorece a obtenção de um superávit maior, mas ressaltou o fato de que este movimento de queda nas importações está sendo seguido também por movimento de substituição dessas importações, que ficaram mais caras com a alta do dólar. “Isso abre um espaço adicional para a produção industrial doméstica em um momento em que [esta produção] passa por forte retração. Agora, é preciso destacar também que as exportações estão crescendo em volume. Este é um dado muito importante: a parte física das exportações está com um aumento expressivo”, disse. 

3) A presidenta Dilma Rousseff disse que a melhora na situação hidrológica nos reservatórios brasileiros deverá resultar em uma redução entre 15% e 20% no valor adicional pago pela energia elétrica. O valor adicional é indicado pelas bandeiras verde, amarela e vermelha, mecanismo adotado nas contas de luz para informar ao consumidor se ele está pagando mais caro pela energia. Apesar da melhora do nível dos reservatórios, ainda não está prevista mudança da bandeira vermelha para a amarela, informou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante o lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE). A redução dos valores será possível graças ao desligamento de 21 usinas termelétricas que produziam cerca de 2 mil megawatts (MW) médios de energia a um custo alto. "Tenho certeza de que agora estamos numa situação bem melhor, e esse encarecimento do fornecimento de luz começará a ser progressivamente revertido", disse a presidenta, ao lembrar que, no último sábado (9), algumas termelétricas começaram a ser desligadas.

2 comentários:

  1. Acabo de receber este release. Não sei se ele vai aparecer nos jornais, amanhã: Novo Plano para energia elétrica lançado pelo governo trará oportunidades para setor eletroeletrônico



    O presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirma que o Plano de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), anunciado nesta terça-feira (11) pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, vem em um bom momento e deve trazer oportunidades para as indústrias do setor eletroeletrônico instaladas no Brasil. “Esta sinalização do governo é positiva e os investimentos podem representar verdadeiras alavancas para que o país possa superar o atual momento de dificuldades”, diz.



    Barbato lembra que, desde 2012, com a edição da Medida Provisória 579, as empresas fornecedoras do setor elétrico têm sofrido com o baixo nível de encomendas. Segundo dados da Abinee, no primeiro semestre de 2015, o faturamento da área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD) apresentou retração de 12%.



    Conforme anunciado, o PIEE prevê investimentos de R$ 116 bilhões em geração e R$ 70 bilhões em transmissão de energia elétrica que serão aplicados em novos projetos que devem ser contratados entre setembro de 2015 e o fim de 2018. Além destes R$186 bilhões, somam-se outros R$ 114 bilhões que já estão sendo aplicados. Do montante em andamento, R$ 92 bilhões são destinados à geração e R$ 22 bilhões à transmissão.



    O presidente da Abinee destaca que o Plano também é positivo ao reforçar a opção do Brasil pelas energias renováveis, mas conferindo uma maior diversificação de fontes. Segundo o governo, os novos projetos em hidrelétricas continuam predominando e correspondem a 11 mil MW; as usinas eólicas, de 4.000 a 6.000 mil MW; enquanto a fonte solar responderá por 3.500 a 4.500 mil MW. De acordo com o plano, as térmicas a biomassa totalizam 2.500 a 3.500 mil MW; as térmicas movidas a combustíveis fósseis (óleo, gás natural ou carvão) 3.000 a 5.000 mil MW; e, por fim, as pequenas centrais hidrelétricas representam 1.000 a 1.500 mil MW. Estes projetos deverão totalizar entre 25 e 31 mil MW.



    Além do pacote de investimentos anunciados, Barbato salienta que o próximo passo a ser dado é conferir um olhar de longo prazo para o setor elétrico, com a revisão do atual modelo, buscando o aperfeiçoamento de regras para garantir que o país desenvolva uma matriz energética mais equilibrada. “É preciso preparar o terreno, conferindo segurança jurídica e estabilidade de regras para aproveitarmos todas as potencialidades que temos por aqui”.



    Sobre este aspecto, a Abinee deve apresentar em breve ao ministro Eduardo Braga, um conjunto de medidas e sugestões para o aperfeiçoamento do setor elétrico.



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  2. O povo sabe muito bem quando está bom, ou ruim. E os jornais hoje só servem pra embrulhar peixe na banca, ou limpar côcô de cachorro.

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