Então é assim.
Os Estados Unidos, sob a orientação do democrata Barack Obama, decidem que o "ditador" sírio Bashad Al Assad cruzou a "linha vermelha" que eles haviam riscado naquele país do Oriente Médio, ou seja, que o exército usou armas químicas na guerra travada contra a guerrilha terrorista.
É bom lembrar que uma comissão da ONU está na Síria justamente para investigar o que houve ali de fato na semana passada, quando mais de mil pessoas morreram, aparentemente vítimas de gás tóxico - a grande dúvida é quem fez isso, o governo, que já havia autorizado uma inspeção, ou os terroristas da Al Qaeda, mercenários e grupos islâmicos extremistas de vários países, financiados pela Arábia Saudita e emirados da região, que movem a guerra para depor Al Assad.
Então é assim.
Os Estados Unidos seguem à risca o roteiro traçado em ocasiões anteriores, como no Iraque, por exemplo, no qual estava escrito que o temível Saddam Hussein tinha um estoque formidável de armas de destruição em massa, um estoque tão gigantesco que nunca foi achado depois que o exército americano arrasou o país e grande parte de sua população - crianças incluídas.
Então é assim.
O planeta Terra hoje tem um dono, um xerife, um "protetor" das virtudes da civilização ocidental, essa grande nação americana, a pátria da liberdade, onde os homens vencem por seu méritos e de onde partem os golpes de espada que vão eliminar deste mundo os maus elementos.
Então é assim.
Para que participar de organizações multilaterais como essa caquética e ultrapassada ONU, que não enxerga a necessidade do bom combate, que abriga nações resistentes a obedecer a nova ordem mundial?
Então é assim.
Vamos seguir o exemplo da Europa, a boa e velha Europa, com líderes que enxergam o futuro e sabem, por isso mesmo, que toda a esperança está do outro lado do Atlântico, bem ao seu norte.
Que importa que nos espionem, que invadam a privacidade de nossos cidadãos, que mintam despudoradamente, que persigam todos os seus opositores, que ultrapassem todas as "linhas vermelhas" que a ética, o bom senso, a decência e os tratados internacionais estabelecem?
O que vale mesmo é ser leal a essa notável superpotência, que nos oferece, generosamente, um naco do extraordinário botim que planeja arrebatar, desta vez de uma nação bárbara, inculta, uma cruel ditadura encravada ao lado de nossos grandes amigos israelenses, uma eterna ameaça a eles.
Então é assim.
Vamos resolver logo esse probleminha chamado Síria que este planeta ainda tem muita coisa de valor a nos oferecer.
E a mesma história se repete: False Flag. Kwait, 9/11, Iraque...
ResponderExcluirIsso. Vamos à guerra mesmo contra a vontade de mais de 90% de nossas populações. Temos um mandato! Um cheque em branco! Pesquisas de opinião não contam! (Nessa hora é que eu gostaria de ver os 'anonymous' e o 'occupy' agirem). Se os governos agem literalmente contra a vontade expressa da maioria, em um caso no qual a segurança nacional sequer está em risco, sem consultar seus parlamentos, tampouco, a quem eles pretendem representar? Não se trata aqui de fazer uma represa ou de gastar uma grana em Copa, nem de trazer médicos: é a guerra, são gastos realmente inúteis, é a política internacional do país em questão.
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