sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O erro conveniente dos "analistas" econômicos


Os tais analistas que pautam as editorias de Economia dos jornalões - funcionários de bancos, corretoras e consultorias - erraram feio o número do PIB trimestral. 
Depois de fazer inúmeros cálculos, variadas contas, diversos exercícios econométricos, os sabichões espalharam para os seus colegas jornalistas que o Produto Interno Bruto brasileiro cresceria entre 0,5% e 1% no segundo trimestre.
Segundo divulgou o IBGE, a expansão foi de 1,5% - o erro dos "especialistas" foi enorme.

Mas por que ele ocorreu, se essa turma, pelo menos na teoria, dispõe dos mais sofisticados meios para retratar como anda a economia do país - e antecipar seus movimentos.
É bom lembrar que, além dos clientes tradicionais instalados nas redações dos jornalões, eles ainda têm uma carteira de ótimos clientes, que pagam bons trocados para receber, em primeira mão, essas previsões.
É possível que essa turma seja apenas tecnicamente ruim, não saiba somar 2 mais 2 - e por isso o que eles projetam fique tão longe da realidade.
Mas um erro tão grotesco como esse do PIB leva a gente a pensar em outras hipóteses.
Uma que ocorre, devido ao fato de o Brasil estar hoje submetido a uma tremenda guerra de informação por parte da turma do contra, essa que gostaria de restaurar no Brasil o regime da Casa Grande e Senzala, é que o erro foi mesmo proposital.
E para que isso, para que arriscar a credibilidade de renomados profissionais, de conceituadas instituições?
Ora, ninguém vai lembrar, daqui a um tempo, que essa turma errou tão feio.
Nenhum dos jornalões vai cobrar de seus "analistas" os motivos que os levaram a fazer as previsões catastróficas que não se concretizaram.
Tampouco vão pedir desculpas para os seus leitores.
Afinal, são parceiros.
O que importa é que, durante meses, o noticiário econômico manteve o tom mais pessimista do mundo, como se o país estivesse já arruinado, sem perspectiva nem esperança.
E isso, para a turma do contra, vale ouro, compensa qualquer risco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário