Seleção campeã posa para fotos: xô vira-latas! (Getty Images/Fifa) |
Quem acompanhou a festa até o fim teve o raro privilégio de ver o futebol proporcionar uma de seus momentos mágicos, cada vez mais raros nos dias mercantilistas de agora, e que tornaram esse o esporte mais popular, em praticantes e torcedores, em todo o mundo.
O Brasil foi gigante como a Espanha na Copa passada e até recentemente, e se impôs no ritmo forte do samba.
A Espanha assistiu, atônita, ao ressurgimento daquele que foi, até pouco tempo atrás, considerado o melhor futebol do mundo, no qual brotaram, desfilaram sua arte e se tornaram imortais atletas como Pelé, Garrincha, Didi, Rivellino, Ademir da Guia, Leônidas, Ronaldo, Zico, Rivaldo, entre tantos outros, apenas para ficar no passado, e que vê agora surgir uma nova safra de talentos, à frente dos quais desponta o ágil e cheio de truques Neymar.
Se a Copa das Confederações foi um aperitivo do que será Copa do Mundo, podem crer os doentes da síndrome do vira-latas e os integrantes da turma do contra que o torneio do ano que vem tem tudo para se tornar inesquecível.
Para esse pessoal, que desde 2007 tem pesadelos a cada lance de arquibancada concluído de um desses maravilhosos estádios que vão sendo levantados, resta agora quase nenhuma esperança de ver o esforço de toda uma nação em busca do resgate de seu orgulho - esportivo, cultural, social - se espatifar no muro frágil das lamentações descabidas.
O fato é que o Brasil merece, deseja e fará uma grandiosa Copa do Mundo.
Mas irá além: inaugurará escolas, construirá hospitais, erguerá casas, plantará e produzirá riquezas, aproveitando seu enorme solo continental e o incomensurável esforço de seu povo.
E, por fim, será a democracia que todos sonhamos atingir.
Felipão, esse emburrado e simpático senhor de 64 anos, tantas vezes idolatrado e tantas vezes execrado, foi capaz de, em poucos meses de trabalho, resgatar a imagem de um futebol que estava lá no chão, nem entre os 20 melhores do mundo - uma vergonha para quem mais venceu os campeonatos mundiais.
Provou que com dedicação, inteligência e perseverança, pode-se atingir os ideais.
Mostrou a todos que é um líder de verdade.
Até hoje, tínhamos apenas belos e modernos estádios para a Copa.
Agora temos também um bom time.
Vamos à luta!
(Do blog Boteco Bola)
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