terça-feira, 25 de junho de 2013
Política é tudo na vida
A crise social e a crise econômica não existem por acaso, não são frutos da geração espontânea.
Elas têm uma origem que se chama crise política.
E a crise política começa quando os diversos grupos representados num sistema democrático não se entendem, disputam a hegemonia do processo que leva ao poder, disputam o próprio poder, enfim.
Esses grupos são organizados e existem para defender os interesses das pessoas que os integram.
Podem ser os dos professores, jornalistas, camponeses, ruralistas, empresários, podem ter como membros ambientalistas, caçadores de recompensas, filatelistas, sei lá o que mais.
Fazem parte da sociedade, se reúnem para não só promover agradáveis tertúlias, mas para pressionar as autoridades executivas e legislativas por condições melhores, mais benefícios, para eles.
Estão fazendo política o tempo todo, portanto, sem serem políticos profissionais.
Já esses, reunidos em partidos, pretendem ser a face mais visível dessa formidável força que dá vida a qualquer organização social, que se chama política.
Uma democracia como a nossa estimula a criação de quantos partidos se façam necessários para que os diversos grupos sociais, as diversas ideologias, os mais distintos tipos de pensamento, possam se manifestar.
Partido, parte...
Negar, como querem alguns, por ignorância ou má-fé, a importância dos partidos políticos no desenvolvimento de uma nação, é, antes de mais nada, querer promover um retrocesso no processo civilizatório, é voltar ao tempo em que o homem vagava pelos campos em busca de comida para sobreviver, armado de paus e pedras.
Relevar o papel dos partidos políticos na consolidação de uma democracia é não acreditar no sistema democrático.
O momento pelo qual passa o Brasil, em que diversos valores são postos em xeque, não permite que nenhuma pessoa de bom-senso sequer cogite na hipótese de reduzir a importância do sistema representativo do qual os partidos políticos são parte fundamental.
Ao propor uma ampla reforma política, a presidenta Dilma Rousseff abre na sociedade um debate que vai além da mera apresentação de propostas sobre financiamento de campanhas políticas ou sobre o voto distrital.
Pela primeira vez, depois de muitos anos, será possível que as pessoas reflitam sobre temas aparentemente chatos, áridos, distantes do dia a dia, mas que, na realidade, em conjunto, formam a base de toda a sociedade, de todas as relações entre as pessoas e as instituições, que é a política.
Sem ela, sem saber que nenhuma crise nasce ou é superada por ela, nada mudará no Brasil - para melhor ou para pior.
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Se até para nascermos a política existe, como vou dizer não a política?
ResponderExcluirSIM A POLÍTICA E PONTO FINAL, quem quer alijar a política ou negá-la ou é ignorante da matéria ou simplesmente golpista.