Uruguai 2, Brasil 1, na Copa de 50: para muitos, a culpa foi de Barbosa |
Não só os santistas, mas muitos torcedores dos outros times estão apreensivos para saber se Neymar vai escolher o Barcelona, onde certamente formaria, ao lado de Messi, o ataque mais badalado do mundo, ou se a proposta do Real Madrid é a mais atraente.
Tudo indica, porém, que Neymar fará parte do elenco do clube catalão. Várias vezes, no passado recente, vazaram informações de que ele gostaria de jogar lá.
Há quem defenda ardorosamente a sua ida a um clube europeu, para, argumentam, pegar experiência no modo de jogo da escola europeia, que dizem ser hoje a mais competitiva do mundo.
Outros, principalmente os santistas, não querem nem ouvir falar dessa história.
Para eles, Neymar já um patrimônio do clube - sem exagerar, é óbvio que o Santos, quando o jogo começa, é muito, mas muito mesmo, dependente do atacante.
Mas esses torcedores já podem começar a falar de Neymar no passado. Sua saída é apenas uma questão de tempo - talvez ele vá embora depois da Copa das Confederações, talvez nem jogue mais neste início de Brasileirão.
E se Neymar foi importantíssimo para o Santos nesses últimos anos, tudo indica que caberá a ele a ingrata e difícil missão de ser a referência da seleção brasileira.
Nesta Copa das Confederações que está para começar, isso já é certo, pois Felipão, o técnico do selecionado, não levou Ronaldinho Gaúcho, até o momento o melhor jogador da Libertadores da América, para integrar o grupo.
Sem Ronaldinho, a responsabilidade de conduzir a seleção às vitórias será quase que integralmente de Neymar, que só teve atuações à altura de sua fama contra seleções de segunda - ou terceira - linha, e decepcionou a torcida em várias partidas decisivas.
Neymar é jovem, talentoso, está milionário.
Apesar de tudo isso, apesar de a fortuna lhe ter sido extremamente simpática nesses seus poucos anos de vida, é a partir de agora que ele vai viver os seus anos mais complicados.
A Copa do Mundo, no ano que vem, será decisiva para a sua carreira.
Se o Brasil for bem, não haverá limites para o seu sucesso.
Se a seleção fracassar, a responsabilidade será dividida entre Felipão e o astro da equipe.
É sempre assim.
Só que desta vez o astro é um garoto que vive o seu sonho dourado de fama e riqueza.
Um sonho que pode se tornar um pesadelo infindável - é impossível deixar de lembrar o que aconteceu com o goleiro Barbosa, naquele longínquo ano de 1950, naquele imenso e silencioso Maracanã.
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