domingo, 12 de fevereiro de 2012

Privatização e liquidação

Aeroporto de Brasília: concessão, não liquidação (Foto: Elza Fiúza/ABr)
Essa conversa toda sobre privatização que veio à tona depois do leilão que concedeu os aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília a grupos empresariais, não passa de mais uma tentativa bem fraquinha de fustigar o governo do PT. Uma bobagem sem sentido, pois o governo Lula já havia feito a mesma coisa com várias rodovias federais.
Esse pessoal que está agora criticando o governo, que diz que o PT traiu os seus princípios, tem mesmo é uma baita de uma inveja do sucesso que foi a licitação dos aeroportos.
Claro que o PT que governa o país desde 2003 não é mesmo de sua fundação em 1980. O partido mudou porque o mundo mudou, o Brasil mudou, porque ganhou a eleição presidencial e ficou com a responsabilidade de criar um verdadeiro mercado de consumo no país, fortalecendo o emprego e a renda de milhões de pessoas, tirando outros milhões da miséria, reconstruindo a infraestrutura abandonada por anos e anos de desgovernos, modernizando a gestão pública e colocando a nação entre as mais importantes do mundo - e não apenas um quintal americano, como nos tempos fabulosos dos tucanos.
O PT é um partido socialista? Claro que não. É hoje, quando muito, um partido social-democrata que abriga, sob um imenso guarda-chuva ideológico, várias correntes, entre elas as mais radicais, ainda cheias de um entusiasmo juvenil pela revolução que tirará os meios de produção da burguesia, até outras que simplesmente preconizam um capitalismo moderno, menos cruel e mais democrático do que esse que se vê em todo o mundo.
A questão da privatização é saber se ela faz bem ao país e ao povo. Em alguns casos, isso é possível, em outros, não.
O que os tucanos fizeram com o Brasil não foi uma privatização, foi um ato de entreguismo nunca antes visto em nossa história, uma liquidação geral, ampla e irrestrita das principais riquezas do país para beneficiar uma meia dúzia de oligarcas e aventureiros.
Os reflexos do crime são sentidos até hoje: ineficiência e tarifas altíssimas nos serviços de energia elétrica e de telefonia são alguns dos mais evidentes; o preço dos pedágios das estradas paulistas, outro escândalo.
Em última instância, o sucesso de uma privatização deve ser julgado pelo povo, pois é ele que usufrui dos bens e serviços que trocam de mãos.
No caso dos aeroportos, alguns dos maiores críticos da licitação que se fez são justamente aqueles que, até outro dia atrás, falavam cobras e lagartos sobre o estado em que eles se encontravam e desancavam a administração da Infraero.
No fundo o que essa turma quer mesmo é tumultuar, é criar confusão, pois não consegue fazer uma oposição com um mínimo de consistência política.
São ruins de voto porque são péssimos de discurso. Acabam se enredando na própria confusão que tentam criar. Vivem em outro mundo.
Agem como esquizofrênicos, dissociam a realidade da ilusão.

Um comentário:

  1. A tentativa fraquinha mas frequente em todas as mídias tem um combustível poderoso: a comunicação FRACASSADA do governo que não explica nada, não usa o tempo d tv/radio q tem direito, portanto, bem feito! Que apanhe dia e noite sem dó nem piedade

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