terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rebanho global


É difícil entender por que um país tão poderoso como os Estados Unidos ainda têm de fazer tudo o que fazem para aumentar ainda mais o seu poder.
Os Estados Unidos são, de longe, a nação mais influente de todo o mundo. E não estou falando da força de sua diplomacia ou de seu exército ou mesmo de suas empresas e bancos.
Foi só uma cantora popular, aliás uma grande cantora, morrer misteriosamente num hotel luxuoso, para que ela virasse matéria de capa em todos os jornais da Terra.
É sempre assim que acontece, pois os Estados Unidos dominam a informação mundial, dão as cartas na indústria de entretenimento, impõem a sua cultura e arte, sem dó nem piedade, para quem quer que seja.
Nem precisam de armas para dominar o mundo.
Mesmo assim, eles insistem na violência. Parece que ela faz parte do american way of life, que não podem viver sem jogar umas bombas nos outros, sem dar uns tiros nuns pobres coitados, como se ainda estivessem no tempo do faroeste.
O caso da Síria, por exemplo, ilustra bem isso - como o do Iraque, do Afeganistão, de Cuba, da Líbia, entre tantos outros.
Ninguém nega que a Síria seja um Estado policial, controlado por mão de ferro por Bashar al-Assad e seu partido Baaz. Mas é muita inocência ou canalhice apresentar à opinião pública, como os meios de informação ocidentais vêm fazendo há meses, o que se passa naquele país como um "massacre" que as forças governamentais promovem contra uns coitadinhos da oposição.
As notícias que aparecem por aqui têm apenas uma fonte - a oposição. Só isso seria suficiente para desacreditar as informações. Mesmo assim, de vez em quando a gente lê que as vítimas também são do outro lado, do malvado governo, e que volta e meia explode um carro-bomba de algum terrorista, matando dezenas de civis inocentes.
O roteiro traçado pelos Estados Unidos para a Síria é igualzinho a vários tantos outros anteriores. Não basta desestabilizar o regime, financiando com dinheiro e armas a oposição, é preciso demonizá-lo. E aí entra em cena o fabuloso arsenal de propaganda, maquiado de informação, que os americanos espalharam por todo o mundo.
É impressionante como essa máquina de fabricar mentiras funciona bem!
Saddam Hussein, que era amigo da América, virou um perigosíssimo facínora em questão de meses.
O Irã, com toda a sua cultura milenar, não passa de um território habitado por fanáticos religiosos.
Cuba é uma ilha-presídio controlada pelas mãos sangrentas de dois cruéis irmãos.
A Venezuela se desviou da plena democracia para ficar sob o tacão de um ditador mitônamo.
A Líbia finalmente se livrou de um bufão sanguinário e ruma célere ao regime de plena liberdade.
A Arábia Saudita é um paraíso.
E por aí vai.
Até mesmo quem está vacinado contra essa epidemia de falsidades às vezes vê algumas fissuras em sua couraça de imunidade.
Por essa e por outras é que a internet é a coisa mais importante que já apareceu no mundo contemporâneo. Ela pode libertar o mundo desse controle que os americanos exercem sobre tudo, pode realmente democratizar a informação e fazer as pessoas, se não todas, mas uma grande parte delas, pensar por si mesmas, e não agir como se fizessem parte de um grande rebanho de descerebrados.

2 comentários:

  1. Lady gaga simbolizaria bem o que o
    artigo quer dizer.

    Qualquer coisa dessa lambisgoia
    repercute como se ela fosse quem
    decidisse o destino da Terra.
    A que ponto chega a industria das
    celebridades!

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  2. Norte americano ADORA uma guerra.
    Até o hino deles fala em bombas, explosões e quetais.

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